PORTUGAL: Mais de mil benfeitores da Fundação AIS começam hoje peregrinação internacional a Roma

Por ocasião do Ano Santo, que começou oficialmente com a abertura da Porta Santa a 24 de Dezembro do ano passado na Basílica de São Pedro, mais de mil benfeitores da Fundação AIS, oriundos de 23 países, entre os quais Portugal, iniciam hoje, dia 7 de Maio, uma peregrinação a Roma que se estenderá até ao próximo sábado. O início da peregrinação da Fundação AIS está carregado também de simbolismo pois hoje é também o dia em que se inicia o Conclave em que 133 cardeais vão escolher o sucessor do Papa Francisco.

Começou hoje, dia 7 de Maio, de manhã, a peregrinação a Roma de mais de mil benfeitores da Fundação AIS, oriundos de 23 países, entre os quais Portugal. “O lema proposto, ‘Peregrinos da Esperança’ tem uma conotação especial para a nossa fundação pontifícia, porque é a razão de ser do trabalho que fazemos: levar esperança aos lugares onde Deus chora, explica o Cardeal Mauro Piacenza, Presidente da AIS. “Onde a Igreja sofre perseguição, onde é mais necessitada, os projectos da AIS são a carícia de Deus para os nossos irmãos e irmãs”, sublinha o prelado.

Piacenza diz que esta peregrinação é uma forma concreta de se viver o Ano Santo juntamente com a Igreja que sofre, em honra dos cristãos que hoje continuam a dar a vida na fidelidade a Jesus Cristo. “O testemunho mais convincente de esperança é-nos oferecido pelos mártires que souberam renunciar à sua vida terrena para não trair o seu Senhor”, recorda o cardeal, citando as palavras do Papa Francisco na Bula de Convocação do Ano Santo.

“O Ano Santo 2025 está centrado na esperança”, afirma também Regina Lynch, Presidente Executiva da AIS Internacional. “A esperança tem sido um tema central para o Papa Francisco e é também um tema central para nós na AIS. Através de mais de 5 mil projectos por ano em 130 países, a nossa missão é levar conforto através da nossa oração e ajuda material, mas também esperança aos cristãos perseguidos, aos cristãos discriminados e às comunidades cristãs em extrema necessidade”, recorda Regina Lynch.

PORTUGAL ESTÁ TAMBÉM PRESENTE

Num acto de comunhão universal da Igreja, os benfeitores e membros dos 23 escritórios nacionais da fundação – em que se inclui uma delegação de Portugal, encabeçada por Catarina Martins de Bettencourt, directora do secretariado nacional da AIS –, juntamente com a AIS Internacional, participarão juntos nesta iniciativa para reforçar a sua fé e o seu compromisso com a Igreja que sofre.

Embora estivesse inicialmente planeada uma audiência privada com o Santo Padre e outros eventos, estes foram cancelados ou modificados devido ao início do conclave para a eleição de um novo pontífice, o que está a ser encarado com grande entusiasmo por todos. A fundação está grata pelo contínuo apreço do Papa Francisco pela sua missão: “Sabemos o quanto o Papa apreciou os esforços dos nossos benfeitores para apoiar a Igreja em necessidade”, acrescenta Lynch.

“Rezar junto ao seu túmulo dar-nos-á força para renovar a nossa missão. Como fundação pontifícia, rezaremos também para nos colocarmos à disposição do futuro Santo Padre, como temos feito desde o início do nosso trabalho.”

TESTEMUNHOS DE FÉ E ESPERANÇA

Um dos momentos mais emocionantes desta peregrinação terá lugar dia 8 de Maio, na Basílica de São João de Latrão, onde a AIS Internacional realizará um encontro para partilhar testemunhos em primeira-mão de pessoas oriundas das regiões mais afectadas pela violência e pela perseguição religiosa.

Entre os oradores estarão o Padre Bohdan Heleta, um sacerdote ucraniano que dará testemunho do seu cativeiro no contexto da guerra na Ucrânia, e o Padre Olivier Niampa, da Diocese de Dori, no Burquina Fasso, que contará como os cristãos sobrevivem e mantêm a sua fé numa região sitiada pelo terrorismo. Representantes da Síria e do Líbano também partilharão a realidade dos seus países e a resiliência espiritual dos cristãos no Médio Oriente.

ATRAVESSAR A PORTA SANTA

No dia 9 de Maio, sexta-feira, os benfeitores da Fundação AIS participarão num evento dedicado à memória dos muitos cristãos que, ainda hoje, sofrem perseguições e dão a vida pela fé. “A figura do mártir encarna o testemunho mais convincente da esperança cristã”, recordou o Cardeal Piacenza.

Esta peregrinação procura não só comemorar e acompanhar, mas também ajudar os participantes a uma renovação interior. “Quem atravessa a Porta Santa não realiza um acto mágico, mas um gesto que implica meditação, oração e conversão”, sublinhou o Cardeal Piacenza, referindo-se ao profundo simbolismo deste rito do Ano Santo. “O verdadeiro peregrino reconhece que foi seduzido por falsos ídolos – egoísmo, orgulho, dinheiro – e deseja deixar-se curar pela misericórdia de Deus. Assim, atravessar o limiar da Porta Santa torna-se um acto de amor e de humildade”, acrescentou.

Esta dimensão espiritual culminará com a passagem dos peregrinos pela Porta Santa da Basílica de Santa Maria Maggiore, acompanhada de uma oração especial. “Tocar essa porta com a nossa mão constituirá um acto de amor com o qual poderemos atravessar o limiar da nossa própria vida renovada pela graça com maior confiança e esperança”, conclui Piacenza.

MOMENTO HISTÓRICO QUE NOS COMPROMETE

O facto de os cardeais oriundos de todo o mundo estarem reunidos no Vaticano para a eleição do novo Papa, confere a esta peregrinação internacional da AIS um “simbolismo diferente”, por se estar a viver, “obviamente, um tempo histórico”, sublinha a directora do secretariado português da AIS.

“Para nós, é uma graça podermos estar aqui, em pleno coração da Igreja Católica, neste momento tão importante. E como somos uma fundação pontifícia, isso ganha até um certo simbolismo, pois estamos aqui presentes desde o primeiro momento para rezar também pelo novo Pontífice”, acrescenta Catarina Martins de Bettencourt. “Isso compromete-nos ainda mais com o nosso trabalho de apoio à Igreja que Sofre, de apoio aos cristãos perseguidos no mundo, missão que nos liga directamente ao Santo Padre”, conclui a responsável.

De Portugal participaram nesta peregrinação aproximadamente quatro dezenas de pessoas.

Maria Lozano e Paulo Aido

Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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