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Folha de Oração Mensal
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O Católico "praticante"
Na minha infância aprendi na catequese que um católico praticante é aquele que vai à Missa ao Domingo. Aprendi então que o católico pode ser praticante ou não praticante, sendo que um sinal distintivo do primeiro é ir à Missa ao Domingo e, do segundo, só ir eventualmente em determinadas circunstâncias da vida ou perder totalmente o hábito de frequentar a Igreja. Pelo baptismo o homem torna-se cristão, católico, e essa condição não se perde, porque o baptismo imprime na alma um sinal indelével, o carácter, que não se perde. O baptismo é um nascimento, como diz Jesus a Nicodemos: “em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3,3). Pelo baptismo tornamo-nos filhos de Deus e da Igreja, porque “ninguém pode ter a Deus por Pai se não tiver a Igreja por Mãe” (S. Cipriano de Cartago).
Acontece no baptismo o que se dá na nossa vida: é a nossa mãe que nos diz quem é o nosso pai e, uma vez gerados e nascidos, seremos sempre filhos. Mesmo se ao longo da vida acontecesse que abandonássemos a casa paterna, renegássemos os nossos pais, os abandonássemos, mesmo assim, mesmo que fôssemos maus filhos, não deixaríamos de ser filhos. Portanto, um sinal de que respeitamos, amamos os nossos pais – a nossa mãe e o nosso pai – é a frequência com que os visitamos na sua casa, porque é na casa dos nossos pais que sempre nos sentimos à vontade.
Lembro-me do que a minha irmã me contava a respeito do filho mais novo, quando era criança. Era um familiar do meu cunhado que cuidava do pequeno, enquanto iam trabalhar, e na casa da tia o meu sobrinho era muito bem-comportado, tinha sempre as suas coisas em ordem, no seu lugar. Mas quando a minha irmã o ia buscar e o trazia para casa, o miúdo dava asas à sua liberdade, era muito desordenado, nunca deixava as coisas nos seus lugares, era uma confusão total. Quando a minha irmã lhe observou, “Mas como é que em casa da tia és um rapaz tão bem-comportado e aqui deixas tudo fora do lugar, sem teres cuidado nenhum?”, ele respondeu: “É que aqui estou em casa, estou à vontade!”
A Igreja é a nossa casa paterna, nela sentimo-nos em casa como filhos, sentimo-nos à vontade, e o Domingo é o dia sagrado do encontro com os nossos pais, com a nossa família, e a Igreja, como boa Mãe, prepara-nos o banquete tão saboroso, com o alimento sem o qual não podemos viver, porque “nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4, 4)!
Por isso eu digo que irmos à Missa todos os Domingos é o sinal de que Deus e a Igreja são importantes para nós; é um sinal de que tomamos a sério o primeiro e o segundo mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo (os nossos irmãos na fé) como a nós mesmos (cf. Mt 22,34-40); é um sinal, tão simples, mas eficaz, de que por Ele somos capazes de deixar tudo para O seguir: “se queres ser perfeito, vai, vende o que possuis e dá aos pobres e terás um tesouro nos céus. Depois, vem e segue-me” (Mt 19,21); para viver segundo a Sua palavra e nos alimentarmos do único alimento que verdadeiramente sacia a nossa fome: “a minha alma anseia por vós, a minha carne vos deseja com ardor, como terra árida, sequiosa, sem água” (Sl 63(62),2).
Amar é desejar o bem para os outros, e amar a Deus sobre todas as coisas é desejarmos que Ele seja para nós o sumo bem no qual o nosso coração inquieto pode encontrar repouso. Por isso é que os Cristãos celebram o Domingo, e não o sábado, porque foi no Domingo, o dia do Senhor, que Cristo ressuscitou e venceu a morte e, por isso, é verdadeiramente o Senhor, não no sentido que damos a este termo que indica sermos seniores, mais velhos, mas no sentido do grego Kyrios ou do hebraico Adonai, ou seja, Deus, Senhor da vida e da morte.
Hoje muitos preocupam-se com a casa comum, com a ecologia, com as alegadas alterações climáticas, quando o mais importante é a salvação das almas, ou seja, a salvação das nossas vidas, e essa salvação só em Deus, só em Jesus Cristo se encontra, porque Ele venceu a morte e deu-nos o Seu Espírito Santo pelo qual, através dos sacramentos, participamos nessa vitória.
A Igreja é a comunidade dos viventes, que nos gera continuamente e nos mantém na vida verdadeira, a única que vale a pena viver. Da casa comum, das alterações climáticas, da ecologia e outras banalidades, que se ocupem os outros, os pagãos: “segue-Me e deixa que os mortos enterrem os seus mortos” (Mt 8,22).
Só resolveremos esses e outros problemas se as nossas vidas estiverem centradas no essencial, segundo aquela palavra cheia de sabedoria que o Senhor nos deixou “Buscai, em primeiro lugar, o seu Reino e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo” (Mt 6,33).
Pe. José Jacinto Ferreira de Farias, scj
Assistente Espiritual da Fundação AIS
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