UCRÂNIA: Igreja Greco-Católica de Lviv prepara peregrinação nacional com imagem da Virgem de Fátima

UCRÂNIA: Igreja Greco-Católica de Lviv prepara peregrinação nacional com imagem da Virgem de Fátima

Uma imagem da Virgem de Fátima deverá percorrer a Ucrânia numa peregrinação que “já está a ser estudada pela Igreja Greco-Católica de Lviv”, informou ontem o Santuário de Fátima numa nota de imprensa enviada para a Fundação AIS. A imagem da Virgem Peregrina poderá deslocar-se “a todas as zonas onde existir segurança”, e tudo está a ser estudado com o apoio da Missão Fátima-Ucrânia.

Esta peregrinação sucede a uma outra, em que a Imagem nº 13 da Virgem Peregrina de Fátima percorreu 15 lugares na Ucrânia desde o passado dia 17 de Março, exactamente vinte e um dias depois de ter começado a invasão das tropas russas, em resposta a um pedido nesse sentido efectuado por D. Ihor Vozniak, Arcebispo Metropolita Greco-Católico de Lviv.

Ontem, quarta-feira, dia 26 de Outubro, essa imagem foi devolvida ao Santuário que entregou, por sua vez, à comitiva ucraniana, uma outra imagem oferecida pelo Santuário no passado mês de Maio.

O Padre Vasyl Bilash, um dos responsáveis pela peregrinação em Lviv, reafirmou na ocasião o propósito de levar esta imagem da Virgem a todos os lugares possíveis. “Agora que a escultura de Nossa Senhora de Fátima é ucraniana vamos procurar que ela percorra o país”, disse o sacerdote em declarações à Sala de Imprensa do Santuário.

O Padre Vasyl Bilash, que esteve acompanhado de 9 leigos e dois sacerdotes ucranianos, “recordou com emoção a peregrinação da imagem de Fátima nos últimos sete meses”. “Foi um sinal de esperança que chegou à Ucrânia. Milhares de pessoas rezaram diante desta imagem e muitas, que estavam assustadas e tinham já desistido da vida diante da guerra e das perdas que sofreram, voltaram a acreditar que será possível vencer a guerra e libertar a Ucrânia da ocupação russa”, disse o sacerdote. “Foi um sinal de esperança, mas foi também um milagre que a presença da Virgem de Fátima operou”, esclareceu.

“Há aqui uma coincidência divina em tudo isto”, disse um dos elementos da comitiva, composta maioritariamente por senhoras. “Uma semana depois da Imagem ter chegado e da Consagração, os russos começaram a abandonar Kiev e esta libertação da nossa capital foi um dos grandes sinais que a Virgem nos deixou e cujo milagre atribuímos a Nossa Senhora de Fátima”, esclareceu ainda.

O reitor, Padre Carlos Cabecinhas, que recebeu a comitiva ucraniana que se encontra em Fátima a participar na Assembleia do Apostolado Mundial de Fátima, lembrou a oração “permanente e diária” que se tem feito no Santuário desde que a guerra eclodiu, e prometeu “comunhão e união” com a Ucrânia. “Continuaremos a rezar por vós. Quero que saibam que não estão sozinhos!” disse o sacerdote que agradeceu o “empenho na difusão, aprofundamento e expansão” da mensagem de Fátima pelos países europeus.

O Padre Sílvio Litvinczuk, capelão da diocese de Leira-Fátima para os greco-católicos, foi um dos elementos da comitiva ucraniana que ontem recebeu a imagem da Virgem de Fátima. Este sacerdote ucraniano esteve na Capelinha das Aparições no passado dia 18 de Outubro, na jornada de oração “1 milhão de crianças rezam o Terço pela Paz”, promovida pela Fundação AIS. Na ocasião, o Padre Sílvio, que se fez acompanhar por diversas crianças ucranianas e suas famílias, destacou a importância da oração como um instrumento para a paz.

“É muito importante esta oração pela paz que, em primeiro lugar, vem dos corações humanos, e depois deve-se reflectir entre as nações, porque as nações são formadas por seres humanos, e seres humanos que devem querer a paz. E a oração das crianças é muito importante porque Nossa Senhora escolheu os pastorinhos como instrumento da mensagem de Deus através das crianças, para o mundo inteiro”, disse o sacerdote.

Algumas das crianças ucranianas rezaram também o Terço na sua própria língua, dando um sinal especial ao evento organizado a nível internacional pela Fundação AIS e que tinha como propósito a oração pela paz no mundo mas muito especialmente para a Ucrânia.

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

Relatório da Liberdade Religiosa

O maior desafio à liberdade religiosa na Ucrânia é a situação nos territórios ocupados. Na área controlada pelas autoridades de Kiev, os casos de discriminação religiosa são, até à data, sobretudo incidentes perpetrados contra indivíduos, e não violações sistémicas da liberdade religiosa.
Tragicamente, a guerra parece ter-se enraizado cada vez mais. As violações dos direitos humanos, incluindo as violações da liberdade religiosa, não diminuirão. As perspectivas continuam a ser negativas.

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