PORTUGAL: Bispo ucraniano denuncia “horrores da guerra” e pede ajuda para as populações em sofrimento

D. Stepan Sus está em Portugal para participar no lançamento da Campanha da Quaresma da Fundação AIS de apoio à Igreja da Ucrânia, e deixa uma primeira mensagem de alerta para as consequências da “guerra horrível” que está a destruir o seu país e agradece toda a ajuda que possa aliviar o sofrimento das populações…

A Campanha da Quaresma da Fundação AIS de apoio à Igreja da Ucrânia arranca hoje, sexta-feira, dia 8, com a oração da Via-sacra e depois com a celebração de uma Eucaristia na Igreja Paroquial de Arroios, no Patriarcado de Lisboa.

Ambos os momentos vão contar com a presença de D. Stepan Sus, Bispo responsável pelo Departamento da Pastoral da Migração da Igreja Ucraniana Greco-Católica, que veio a Portugal a convite da Fundação AIS para dar o seu testemunho sobre a vida no seu país em guerra desde que se iniciou a invasão a 24 de Fevereiro de 2022.

Numa primeira mensagem para os portugueses, o prelado alerta para o sofrimento das populações, fala num tempo de “grandes feridas” e apela à solidariedade para com a Ucrânia. “O tempo de guerra é um tempo de grandes desafios, tempo de sofrimentos, tempo de grandes perdas e também tempo de grandes feridas. Essas feridas doem e, provavelmente e ainda por muito tempo irão recordar-nos, bem como a todo mundo, esta guerra horrível”, diz D. Stepan no vídeo que gravou antes de viajar para Lisboa.

LEMBRAR AS VÍTIMAS DA GUERRA

Na mensagem, o Bispo refere que este é um tempo especial de oração pela paz e em que é importante ter presente as vítimas da guerra, os feridos, os refugiados, os que perderam tudo o que possuíam e que agora dependem quase exclusivamente de ajuda de organizações humanitárias ou da própria Igreja para a sobrevivência no quotidiano.

“Nestes dias, estamos reunidos em oração para pedir a Nosso Senhor a paz para a Ucrânia e para todo o mundo. Também nos reunimos em oração com a intenção de apoiar quem mais precisa, quem mais sofre, de forma muito particular os feridos, os que sofrem, os refugiados que a guerra obrigou a abandonar a sua terra, a sua casa, a sua família. Recordemos também, na nossa oração, as mulheres e as crianças que sofrem os horrores da guerra de forma muito particular”, diz o Bispo na mensagem.

Apelo a todos os benfeitores, a todos os mecenatos, a todos os que não são indiferentes a esta causa e que residem em Portugal, para que apoiem a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, cuja missão é ajudar e atenuar as feridas, que na nossa situação particular foram provocadas pela guerra, que tanto fere e faz sofrer as pessoas, essas pessoas que ainda percorrem a sua Via Sacra com Jesus Cristo e que, de tanto sofrer, ainda não conseguem perceber em que estação dessa Via Sacra se encontram.”

A mensagem do Bispo ucraniano termina com um apelo à oração pela paz.“ Apelo a que rezem para que este tempo terrível de guerra seja ultrapassado com dignidade, apoiem aqueles que tanto precisam da cura. Que Nosso Senhor vos retribua generosamente”, disse D. Stepan Sus.

VIA-SACRA, CONFERÊNCIA E MISSA

O Bispo responsável pelo Departamento da Pastoral da Migração da Igreja Ucraniana Greco-Católica, veio expressamente a Portugal para participar na Campanha da Quaresma da Ajuda à Igreja que Sofre que arranca hoje, dia 8, pelas 18:15 horas, com a oração da Via-sacra na Igreja Paroquial de Arroios, a que se seguirá a celebração da Eucaristia.

Amanhã, sábado, 9 de Março, a Paróquia da Ramada, em Odivelas, passa a ser o centro desta iniciativa da fundação pontifícia com a realização de uma conferência, às 16 horas, por D. Stepan Sus, sobre os desafios e esperanças que se colocam aos ucranianos ao fim de dois anos de guerra.

Logo após a intervenção do prelado, Catarina Martins de Bettencourt irá apresentar as linhas principais da Campanha que o secretariado português da Fundação AIS está a promover para esta Quaresma e em que se procura prosseguir e ampliar a ajuda à Ucrânia. O evento vai decorrer no Salão Paroquial.

No dia seguinte, domingo, 10 de Março, a Igreja de Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, na Ramada, vai acolher a celebração de uma Missa que terá transmissão em directo para todo o país através da TVI e que será presidida pelo Patriarca de Lisboa D. Rui Valério e concelebrada por D. Stepan Sus.

Em todas estas iniciativas haverá a participação activa do coro e da comunidade ucraniana greco-católica residente em Portugal.

Paulo Aido | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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O maior desafio à liberdade religiosa na Ucrânia é a situação nos territórios ocupados. Na área controlada pelas autoridades de Kiev, os casos de discriminação religiosa são, até à data, sobretudo incidentes perpetrados contra indivíduos, e não violações sistémicas da liberdade religiosa.
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