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Conheça o Padre Kenneth Iwunna

Numa região remota da Etiópia, um padre nigeriano está a revolucionar a vida dos Borana, uma tribo situada no sul do país. Para o Padre Kenneth Iwunna, este é o melhor lugar do mundo. Mesmo ficando longe, quase perdido no mapa, é um lugar que está cada vez mais perto do Céu. Por ali, são cada vez mais os que se deixam fascinar por Deus através das palavras deste padre espiritano.

Tem quase 50 anos e está onde sempre sonhou. Mesmo ainda antes de saber escrever, o jovem Kenneth já se imaginava a imitar o padre que todos os dias ia à sua aldeia na Nigéria para celebrar a Missa. Quando já estava no seminário, Kenneth conheceu outro sacerdote. Vinha da Etiópia. Foi outro deslumbramento. Nessa altura, a vontade de ser padre juntou-se ao desejo de ir para a Etiópia. Um sonho que se misturava com aventura.

Não sabia nada sobre o país, mas ainda assim queria ir para lá. Antes de sermos ordenados sacerdotes, fomos autorizados a escolher três lugares no mundo onde gostaríamos de servir. A Etiópia foi a minha primeira e segunda escolhas, e a Nigéria só a terceira…”.

Fizeram-lhe a vontade.

O Padre Kenneth Iwunna foi enviado para a terra dos Borana, uma tribo nómada que vive desde há séculos na região sul da Etiópia. “A minha primeira impressão foi de que a região era extremamente remota. Mas trabalhar em regiões longínquas onde a Igreja está presente faz parte do carisma da nossa ordem….” Os Missionários do Espírito Santo estão nesta região há anos. Actualmente, são responsáveis por três paróquias e dirigem algumas escolas.

"A Eucaristia é
a minha força"

PEÇA A UM SACERDOTE DA IGREJA PERSEGUIDA A CELEBRAÇÃO DE UMA MISSA pelas suas intenções, pelos seus entes queridos ou por uma Alma do Purgatório que não tenha quem reze por ela.

Uma das paróquias está nas mãos do Padre Kenneth. Viajar nesta região sul da Etiópia revelou-se também uma aventura. “As estradas são péssimas e só se chega à maioria das aldeias a pé, de mota ou de bicicleta. Às vezes, tenho de viajar 25 a 30 km. Muito frequentemente, tenho de atravessar a floresta, onde há leopardos, cobras enormes e hienas…”. No entanto, nada disto rouba o sorriso ao Padre Kenneth.

Desde há sete anos que vê crescer a semente boa que todos os dias vai lançando naquelas terras áridas. Com a ajuda da Fundação AIS, tem desenvolvido algum trabalho junto dos jovens, dos casais e muito particularmente na promoção das mulheres. “A tradição proíbe-as de fazer qualquer coisa fora de casa. A Igreja tem vindo a ajudá-las, oferecendo-lhes a oportunidade de se tornarem catequistas e de ensinarem os outros, especialmente os mais novos. Também incentivamos as meninas a irem à escola. Isso levou a um declínio nos casamentos precoces. Nós acreditamos na evangelização através da educação.”, diz-nos o padre espiritano.

Esta missão mostrou-me o valor e a natureza do meu sacerdócio. Para mim, enquanto padre, esta é a melhor experiência de sempre. Se me perguntarem se estou feliz, a minha resposta é um grande SIM”

No entanto, a sua vida como missionário não é fácil: “Neste lugar remoto, nada é a minha força senão o próprio Deus, presente na Sagrada Eucaristia. Se assim não fosse, nunca teria vindo para aqui”, confessa. “Por vezes, quando tudo parece duro e difícil e sem ter aqui nenhum irmão ou irmã, pai ou mãe com quem possa conversar, corro para Cristo no Santíssimo Sacramento e, quando celebro a Missa, sinto-me bem. A Sagrada Eucaristia é para mim o que o sangue é para o corpo. Sem a Sagrada Eucaristia não há sacerdotes. O mesmo acontece com o corpo: sem sangue, não há vida.”

Quando as pessoas lhe perguntam porque é que um homem como ele, cheio de energia, escolheu voluntariamente esta vida sem tirar dela qualquer proveito, ele explica-lhes que a Eucaristia é a única razão.

“Assim, os Borana vêem Deus na Eucaristia que está presente aqui no meio deles. O que os atrai especialmente ao Cristianismo é o facto de cada pessoa ser amada. Também os impressiona saber que a Santa Missa, tal como a celebramos aqui, também é celebrada em Roma ou noutros lugares.”

A jovem Igreja nestas regiões é cheia de vida, mas desesperadamente pobre. Para o Padre Kenneth, os Estipêndios de Missa são, por isso, a única forma de sobreviver na missão. Sem eles, também não poderia ajudar os mais necessitados – as viúvas, os órfãos e os idosos que não têm filhos ou cujos filhos já morreram.

Esta é a melhor experiência da minha vida. A minha fé ficou ainda mais forte por estar aqui. Posso ajudar as pessoas. Posso ajudá-las a conhecer melhor Deus e, com isso, dou-lhes vida. Esta é a melhor coisa que poderia ter acontecido comigo.”

Numa região remota no sul da Etiópia, um padre nigeriano está a revolucionar a vida dos Borana e é, também por isso, um homem feliz!

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Em muitos lugares do mundo, o valor dos Estipêndios de Missa é fundamental para a sobrevivência dos seus sacerdotes, para ajudar na aquisição de bens essenciais, quer para os próprios que celebram a Missa, quer para apoiar a comunidade. Mas o ponto essencial é que os Estipêndios de Missa têm também um profundo significado espiritual.

Ao oferecer estas Missas, os benfeitores participam na Eucaristia de uma forma bem real e muito especial com os sacerdotes que a celebram porque eles estão a rezar por si e pelas suas intenções. Não é extraordinariamente precioso?

Este ano iremos fazer chegar os vossos Estipêndios de Missa ao Padre Kenneth e aos seus 11 irmãos no sacerdócio que prestam um serviço abnegado em zonas particularmente pobres da Etiópia. Eles rezarão por si!

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