SÍRIA: Religiosa portuguesa lança “apelo angustiado” para o mundo ajudar as vítimas do sismo

SÍRIA: Religiosa portuguesa lança “apelo angustiado” para o mundo ajudar as vítimas do sismo

Há um desespero de impotência na voz. Maria Lúcia Ferreira, uma religiosa portuguesa que vive no Mosteiro de São Tiago Mutilado, em Qara, lança um “apelo angustiado”, através da Fundação AIS, para que o mundo não se esqueça de ajudar a Síria nestas horas dramáticas em que milhares de pessoas foram atingidas pelo sismo da madrugada de segunda-feira, dia 6 de Fevereiro.

“Através da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre faço um apelo angustiado a todo o mundo para venha em ajuda à Síria”, diz a Irmã Maria Lúcia Ferreira, numa mensagem de voz enviada para Lisboa. A religiosa, que pertence às Monjas de Unidade de Antioquia, mostra desespero ao constatar que “há muitos aviões que chegam com ajuda humanitária à Turquia”, o outro país afectado pelo violento terramoto que atingiu 7.8 na escala de Richter e que já causou mais de 10 mil mortos, “mas são muito poucos aqueles que estão a ajudar a Síria”.

A religiosa, que é mais conhecida como Irmã Myri, descreve o desespero das pessoas que não têm para onde ir depois do colapso das suas casas e pede ajuda urgente. “As pessoas encontram-se na rua agora, ou sob os escombros, e milhares estão sem casa. Aqueles que as tinham construído depois da guerra, quando tantas habitações foram danificadas, agora está tudo destruído. Veem-se os prédios a cair, de alto a baixo, mesmo depois do tremor de terra, porque com a guerra e com o sismo, as paredes já não aguentam.”

Ao longo de três minutos, a Irmã Maria Lúcia Ferreira explica que a maioria das pessoas que perderam agora as suas casas não vão ter possibilidade de as erguer de novo. “Já não têm dinheiro para reconstruir as suas casas. É impossível. Por favor, ajudem, por favor, ajudem…”

 

“AS PESSOAS NÃO TÊM PARA ONDE IR”

São milhares as famílias afectadas pelo sismo, que atingiu com particular intensidade as cidades de Alepo, Idlib, Lattakia, Hamã e também Tartous. Em todos os lugares mais afectados pelo terramoto sucedem-se imagens dolorosas de pessoas em desespero, à espera do milagre do resgate de ente-queridos, pessoas que deambulam pelas ruas, depois de terem perdido tudo o que tinham. A Irmã Myri pede ajuda para todos eles, pede ajuda para a Igreja que tem sido, nestes dias de aflição, o porto de abrigo de centenas e centenas de pessoas. “Enviem contentores com ajuda humanitária, com roupas, com comidas que serão distribuídas o mais rapidamente possível. E enviem também ajuda monetária para que possamos entregar às igrejas para que possam acolher as pessoas que não têm para onde ir, que estão sentadas nas ruas…” E a irmã lembra que, nesta altura do ano, as temperaturas são muito baixas e o Inverno acaba por ser um inimigo feroz para todos os desalojados.

Há um desespero de impotência na voz. Maria Lúcia Ferreira, uma religiosa portuguesa que vive no Mosteiro de São Tiago Mutilado, em Qara, lança um “apelo angustiado”, através da Fundação AIS, para que o mundo não se esqueça de ajudar a Síria nestas horas dramáticas em que milhares de pessoas foram atingidas pelo sismo da madrugada de segunda-feira, dia 6 de Fevereiro.

 

“PIOR DO QUE NA GUERRA…!”

“Ajuda, ajuda, ajuda humanitária urgente”, pede a irmã portuguesa na mensagem enviada para a Fundação AIS, acrescentando que “a maior ajuda é a oração”. A mensagem da Irmã Maria Lúcia Ferreira termina com um apelo dramático: “Por favor, não se esqueçam da Síria. Esta situação agora é muito pior do que no tempo da guerra”. A Fundação AIS está a avaliar continuamente a situação, recolhendo o máximo de informação possível junto dos seus parceiros no terreno sobre as necessidades imediatas da Igreja local, para que esta possa cumprir com a sua missão de ajuda de emergência a estas populações. O apoio alimentar através de cantinas paroquiais, ajuda aos idosos, auxílio médico e ajuda na reconstrução das casas, são projectos da Fundação AIS que ganham agora, neste contexto de desastre que se vive na Síria, uma importância ainda maior.

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

Relatório da Liberdade Religiosa

Mais de 11 anos após o início da guerra na Síria, o país continua a ser fortemente afectado. Embora os combates tenham diminuído significativamente e o autoproclamado Estado Islâmico tenha sido expulso como força territorial, a Síria continua dividida a nível regional, o que afecta profundamente a liberdade religiosa.

SÍRIA

918 125 574

Multibanco

IBAN PT50 0269 0109 0020 0029 1608 8

Papa Francisco

“Convido-vos a todos, juntamente com a Fundação AIS, a fazer, por todo o mundo, uma obra de misericórdia.” 
PAPA FRANCISCO

© 2024 Fundação AIS | Todos os direitos reservados.