Thomas Heine-Geldern, presidente executivo da Fundação AIS, vai depositar junto ao ícone de Nossa Senhora das Dores – Consoladora dos Sírios, os nomes dos 1271 cristãos que, segundo dados recolhidos pelo Padre Andrzej Halemba, antigo director de projectos da Ajuda à Igreja que Sofre para o Médio Oriente, perderam a vida violentamente desde 2011, quando começou a guerra civil na Síria, até à actualidade.
A cerimónia vai ter lugar amanhã, dia 16 de Setembro, no mosteiro de São Elias de Rableh, onde são esperados mais de mil peregrinos. Heine-Geldern está na Síria para assistir ao final da peregrinação do ícone de Nossa Senhora das Dores, que foi benzido pelo Papa Francisco em Roma, a 15 de Setembro de 2019, e que ao longo de três anos percorreu as 34 dioceses do país, tanto católicas como protestantes.
A iniciativa, “Consolai o meu povo”, promovida pela Fundação AIS com o apoio do Santo Padre, e que teve como objectivo implorar pela paz e pedir a protecção dos cristãos na Síria, terminou ontem com uma procissão na cidade de Homs, uma das mais devastadas logo nos primeiros anos de guerra.
Esta cerimónia, que teve de ser adiada várias vezes por causa da pandemia do coronavírus, e que só agora se realizou, contou com a presença do arcebispo ortodoxo sírio Timothius Matta Alkhouri, do arcebispo ortodoxo grego George Abu Zakhem, do arcebispo católico sírio Rami Kabalan, além de Thomas Heine-Geldern e do Padre Andrzej Halemba.
A guerra na Síria, que persiste ainda nos dias de hoje embora de forma muito localizada em algumas regiões no norte e nordeste do país, causou milhares de mortos, cerca de 6,7 milhões de deslocados internos e 6,6 milhões de refugiados, de acordo com números da ONU.
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