REINO UNIDO: Grande investigação da Fundação AIS revela realidade escondida dos raptos e violações de raparigas cristãs

REINO UNIDO: Grande investigação da Fundação AIS revela realidade escondida dos raptos e violações de raparigas cristãs

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REINO UNIDO: Grande investigação da Fundação AIS revela realidade escondida dos raptos e violações de raparigas cristãs

Quinta-feira · 25 Novembro, 2021

“Fui torturada e violada.” O testemunho de Maira Shahbaz é como um soco. Atordoa pela violência que se esconde nas suas palavras. Maira tinha 14 anos quando foi raptada de sua casa em Madina Town, na província do Punjab, no Paquistão, em Abril de 2020. Ao contrário do que acontece na maioria dos casos de jovens raparigas cristãs raptadas no Paquistão, Maira conseguiu fugir. Esteve cerca de quatro meses em cativeiro. “Fui chantageada. Fui forçada a assinar um documento em que dizia que me tinha convertido e casado com o raptor. Disseram-me que se recusasse, toda a minha família seria assassinada…”

Desde que fugiu, no dia 18 de Agosto do ano passado, que Maira Shahbaz vive escondida. Tal como a sua família mais próxima. Todos têm sido alvo de ameaças de morte. A tal ponto que a Fundação AIS no Reino Unido promoveu uma petição pública e apresentou ao governo britânico um pedido para a concessão de asilo. A história de Maira Shahbaz é apenas um exemplo do extenso ‘dossier’ produzido pela Fundação AIS em que se procura denunciar a situação dramática em que se encontram as raparigas e mulheres cristãs em várias regiões do globo, vítimas de perseguição, violência sexual, rapto e conversões forçadas.

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O testemunho de Maira Shahbaz é como um soco.

O relatório, “Oiçam os seus gritos”, indica que esta é uma realidade não só no Paquistão, mas também na Nigéria, Egito, Iraque, Síria, Moçambique… Em comum a todos os casos analisados, está o facto de os violadores pertencerem à comunidade muçulmana e olharem para as mulheres e raparigas cristãs com absoluto desprezo. A investigação da Fundação AIS aponta para uma realidade de tal forma dramática que se pode falar mesmo em “catástrofe” ao nível dos direitos humanos. Em zonas de conflito ou onde se verificam insurgências islâmicas, nomeadamente no Médio Oriente ou em certas regiões do continente africano, as mulheres oriundas de minorais religiosas “sofrem altos níveis de exploração sexual”, pode ler-se no relatório. É o caso da Nigéria onde cerca de 90 por cento das raparigas e mulheres raptadas por extremistas islâmicos pertencem à comunidade cristã.

O trabalho da Fundação AIS revela ainda que, normalmente, as vítimas assim como as suas famílias se remetem ao silêncio, não denunciando o que lhes aconteceu por temerem as ameaças dos raptores, por haver coacção nesse sentido por parte das próprias autoridades, nomeadamente as forças da ordem, e ainda pelo sentimento de vergonha.

O Relatório da Fundação AIS refere ainda que os casos de conversão forçada de raparigas e mulheres cristãs “pode ser classificado como genocídio”, pois decorre da ameaça de destruição da comunidade por grupos jihadistas.

Paulo Aido | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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