A Igreja de São Luís dos Franceses, em Lisboa, vai acolher, entre os dias 1 e 4 de Agosto, as relíquias de Santa Teresinha de Lisieux. Uma oportunidade extraordinária para que os milhares de jovens oriundos de todo o mundo e que se vão concentrar na capital portuguesa durante a JMJ possam venerar “a maior santa dos tempos modernos”, como disse o Papa Pio X.
Vai ser, seguramente, um dos locais mais procurados em Lisboa durante a Jornada Mundial da Juventude. A Igreja de São Luís dos Franceses, ao lado da Casa do Alentejo e muito perto do Coliseu, em Lisboa, vai acolher durante os primeiros quatro dias de Agosto as relíquias de Santa Teresinha do Menino Jesus.
As relíquias, apurou a Fundação AIS, estarão apenas expostas durante o horário da tarde, estando previsto que serão colocadas na igreja, à entrada do coro, não muito longe do sacrário. A presença das relíquias de Santa Teresinha na cidade de Lisboa tem um significado especial pois ocorre numa altura em que se comemoram também os 150 anos do seu nascimento e os 100 anos da sua beatificação.
A fama de santidade desta jovem, que nasceu em Janeiro de 1873 e que, com apenas 15 anos de idade, entrou para o Mosteiro Carmelita em Lisieux, onde viria a falecer ainda muito nova, espalhou-se rapidamente pelos quatro cantos do planeta. De facto, tendo falecido com apenas 24 anos, esta jovem foi logo associada a uma imagem de devoção que continua a inspirar fiéis em todo o mundo.
Em 2005, as relíquias de Santa Teresinha foram acolhidas em todas as dioceses portuguesas, no que foi então uma verdadeira volta ao país, permitindo aos crentes o contacto directo com uma das figuras mais populares do catolicismo contemporâneo, mas também proclamada Doutora da Igreja por São João Paulo II em 1997.
Santa Teresa e a Fundação AIS
São inúmeras as igrejas, paróquias e movimentos consagrados a esta santa em todo o mundo. E muitas destas paróquias e igrejas são apoiadas também pela Fundação AIS. É o caso da paróquia de Msamba, na Tanzânia, cuja padroeira é precisamente Santa Teresa do Menino Jesus. Numa zona marcada por uma profunda pobreza, os frades carmelitas procuram dar resposta a necessidades básicas das populações, como a educação das crianças, e para isso pediram apoio à Fundação AIS.
Numa pequena mensagem enviada para a Ajuda à Igreja que Sofre, os religiosos carmelitas explicam como Santa Teresinha tem inspirado o trabalho missionário nesta região de África. “Devido a esta confiança e fé em Santa Teresinha, a missão na nova paróquia está a correr bem. Conseguimos celebrar sempre Missa e todos os domingos damos assistência em mais de cinco missões em aldeias remotas”, elucidam. “Também visitamos todos os nossos paroquianos. Temos mais de 16 escolas e damos catequese seguindo sempre o espírito de Santa Teresinha do Menino Jesus, que gostava de ensinar as suas noviças”, dizem ainda, acrescentando que “as terças-feiras são o dia de visitar os doentes, de rezar com eles e de lhes dar a Sagrada Eucaristia. Recentemente visitámos um doente com tuberculose e encorajámo-lo a ir ao hospital, mas também o aconselhámos a rezar por intercessão de Santa Teresinha, na esperança de que fique curado.”
A beatificação e posteriormente a canonização de Santa Teresinha ocorreu após diversas curas consideradas inexplicáveis pela ciência, nomeadamente de uma jovem invisual, de um seminarista e de uma religiosa.