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HUNGRIA: Congresso Eucarístico destaca missão junto da Igreja que sofre, diz directora de projectos da Fundação AIS
Terça-feira · 7 Setembro, 2021
O Congresso Eucarístico, que teve início no domingo, 5 de Setembro, em Budapeste, vai ajudar a perceber a importância do trabalho desenvolvido junto das comunidades cristãs em países onde há restrições à liberdade de culto ou onde as situações de pobreza são muito relevantes, diz Regina Lynch, directora de projectos da Fundação AIS.
“Em muitos países os fiéis têm um genuíno desejo de receber a Eucaristia e sentir a sua presença, e juntamente com outros enfrentam muitos problemas”, explica esta responsável, dando como exemplos, “a falta de liberdade religiosa, a insegurança como resultado de conflitos civis e militares, as longas distâncias aliadas à falta de transportes, e também à pobreza”. Por tudo isto, diz em jeito de conclusão, “muitas comunidades não têm recursos [sequer] para construir um local de culto ou mesmo para apoiar os seus sacerdotes”.
Esta realidade ajuda a compreender a importância do trabalho de instituições como a Fundação AIS, cuja missão passa precisamente pelo apoio directo aos cristãos em países onde são perseguidos ou onde enfrentam situações de enorme carência económica. “Acreditamos que a promoção da vida Eucarística entre os fiéis é fundamental para a vida da comunidade. Significa trazer Cristo para as comunidades”, afirma ainda Regina Lynch.
O Congresso Eucarístico, que vai decorrer na capital húngara até ao próximo dia 12 de Setembro, e que vai contar com a presença do Santo Padre, será um espaço que permitirá dar a conhecer a urgência da solidariedade para com os cristãos que sofrem e que tantas dificuldades enfrentam ao quererem participar na vida da Igreja.
Esta é a razão pela qual a Fundação AIS apoia muitos projectos que fornecem os meios necessários para facilitar a presença da Eucaristia, explica Lynch. “Por exemplo, providenciando uma motocicleta, para que o padre possa viajar para celebrar a Santa Missa num posto missionário remoto, ou a construção de uma capela numa região deserta isolada ou nas altas montanhas. Este apoio pode assumir muitas formas, desde algo muito prático, como uma máquina de fazer hóstias, até algo mais a longo prazo, como a formação de futuros sacerdotes.”
Para esta responsável é importante rezar para que o Congresso Eucarístico tenha sucesso. Afinal, a presença dos cristãos na vida da Igreja enfrenta muitas dificuldades e vicissitudes. Muitas vezes, diz Regina Lynch, a causa do afastamento “é a falta de meios ou a falta de liberdade”, mas no Ocidente “muitas vezes encontramos falta de fé, muito ‘stress’, falta de tempo ou indiferença em relação à Eucaristia”. “Por esta razão, é muito importante rezar para que o Congresso possa trazer uma renovação interior para a Europa e para o Ocidente”, conclui a directora de projectos da AIS.
O Congresso Eucarístico, que inicialmente esteve programado para o ano passado, foi adiado por causa da pandemia do coronavírus e vai contar com a presença de representantes da Igreja oriundos de países onde as comunidades cristãs enfrentam maiores desafios. Será o caso do Patriarca Caldeu Louis Raphael Sako, do Iraque, do Cardeal John Onaiyekan, Arcebispo Emérito de Abuja, na Nigéria, e do Cardeal Charles Bo, Arcebispo de Yangon e presidente da Conferência Episcopal de Myanmar.
PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt