FRANÇA: Tribunal começou a julgar os assassinos do Padre Hamel, de 85 anos, cujo processo de beatificação está a avançar

FRANÇA: Tribunal começou a julgar os assassinos do Padre Hamel, de 85 anos, cujo processo de beatificação está a avançar

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FRANÇA: Tribunal começou a julgar os assassinos do Padre Hamel, de 85 anos, cujo processo de beatificação está a avançar

Sexta-feira · 18 Fevereiro, 2022

Começou esta segunda-feira o julgamento dos assassinos do Padre Jacques Hamel, de 85 anos de idade, degolado em plena Igreja de Saint-Étienne-du-Rouvray, em França, em 26 de Julho de 2016.

Abatidos pela polícia quando tentavam abandonar a igreja depois de terem assassinado o sacerdote, Adel Kermichel e Abdel-Malik Petitjean são, por isso, os grandes ausentes deste julgamento, assim como Rachid Kassim, que as autoridades francesas acreditam ter estado também envolvido no ataque e que terá morrido, entretanto, no Iraque, quando combatia nas fileiras jihadistas.

Na ausência dos autores materiais do crime, a atenção de todos vira-se para Jean-Philippe Jean Louis, Farid Khelil e Yassine Sebaihia, acusados de “associação terrorista” e de terem auxiliado os dois jihadistas no planeamento do atentado, além de que procuraram, mais tarde, viajar para a Síria para se juntaram também ao Daesh, o grupo Estado Islâmico.

O assassinato do Padre Hamel comoveu o mundo cristão não só pela sua idade avançada, pela violência brutal usada pelos terroristas e também pelo facto de ter sido o primeiro sacerdote católico a ser morto na Europa pelo Daesh.

FRANÇA: Tribunal começou a julgar os assassinos do Padre Hamel, de 85 anos, cujo processo de beatificação está a avançar
Começou esta segunda-feira o julgamento dos assassinos do Padre Jacques Hamel.

O Arcebispo de Rouen, D. Domninic Lebrun, considera que o julgamento que agora se iniciou e que deverá demorar cerca de quatro semanas, é importante para a comunidade local que ainda recorda com sofrimento e incredulidade tudo o que aconteceu no dia do ataque. “Como é possível que alguém deseje a morte de um sacerdote de 85 anos, nos arredores de Rouen, e deseje que morra, assassinado, degolado, enquanto celebra a Missa, enquanto celebra o sacrifício de Jesus?”, questiona o prelado, acrescentando que, com o julgamento procura “justiça e luz”.

Considerado como mártir da Igreja pelos fiéis mal se soube da notícia terrível do seu assassinato, o processo de beatificação do Padre Jacques Hamel está a decorrer normalmente tendo terminado a chamada fase diocesana em 2019.

A Congregação para a Causa dos Santos tem agora em mãos mais de 11 mil páginas de documentos, testemunhos, histórias de vida e homilias deste sacerdote francês que o Papa Francisco recordou, numa missa em seu sufrágio, em Setembro de 2016, como sendo “um homem manso e bom, que criava fraternidade” e que “deu a vida para não renegar Jesus”.

A comunidade local tem honrado particularmente a memória do Padre Hamel e desde 2016 que há cada vez mais pessoas que se deslocam à Igreja de Rouen para rezar. D. Domninic Lebrun fala mesmo, em declarações ao Vatican News, de peregrinações de fiéis. “Em Saint-Étienne-du-Rouvray a memória do Pe. Hamel é omnipresente. De certa maneira, também pelos ecos exteriores, pelas peregrinações de se realizam, pelas pessoas que vêm procurar o recolhimento nesta igreja ou vão ao seu túmulo, os sacerdotes que vêm celebrar Missa, dão reconhecimento deste martírio.”

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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