PORTUGAL: D. Américo Aguiar destaca missão da AIS no arranque da ‘Red Week’ no Santuário do Cristo-Rei

No arranque da Red Week, com que a Ajuda à Igreja que Sofre pretende alertar a sociedade portuguesa para a questão da perseguição religiosa no mundo, o Bispo de Setúbal destacou o trabalho “essencial” que a fundação pontifícia desenvolve ao informar sobre estas problemáticas e no apoio às comunidades cristãs vítimas de violência.

O “pontapé de saída” da ‘Red Week’ da Fundação AIS – iniciativa destinada a alertar a sociedade para a temática da perseguição religiosa no mundo e muito concretamente em relação às comunidades cristãs –, aconteceu neste sábado, dia 18 de Novembro, no Santuário do Cristo-Rei, em Almada.

Na verdade, começou na noite anterior, com o famoso e icónico monumento a ser iluminado de vermelho, a lembrar a cor do sangue dos mártires, o que voltou a acontecer durante todo o fim-de-semana. Mas foi no sábado, com a apresentação do Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo [RLRM] no Pavilhão do Rosário, no Santuário do Cristo-Rei, que formalmente se deu o arranque em Portugal desta iniciativa internacional da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre. E o Bispo de Setúbal fez questão de agradecer esse gesto.

Que o Cristo-Rei de braços abertos possa significar uma chamada de atenção, uma provocação àqueles que porventura estão muito comodamente no sofá a ver novela, a ver entretenimento, e às vezes esquecendo-se do que acontece no mundo inteiro”

“NÃO PODEMOS IGNORAR…”

O documento foi apresentado nas suas linhas gerais pela directora do secretariado português da Fundação AIS. Catarina Martins de Bettencourt destacou, por diversas vezes na sua intervenção, a importância da sensibilização das pessoas, da própria sociedade para esta temática, até pela dimensão do sofrimento que as estatísticas da perseguição religiosa revelam.

“Cerca de 67 por cento da população mundial, ou seja, qualquer coisa como 5,2 mil milhões de pessoas vivem em países onde se registam graves violações à liberdade religiosa. Não podemos ignorar esta realidade”, disse a directora da AIS. Palavras que D. Américo Aguiar iria sublinhar.

“Não podemos estar sossegadinhos, aqui à beira-mar plantados, com a protecção de Nossa Senhora e do Cristo-Rei, sabendo que lá longe há homens e mulheres e crianças a morrerem, a fugirem da guerra, a serem perseguidas, a serem desrespeitadas”, disse também o Cardeal Américo Aguiar.

GUERRAS ESQUECIDAS

Combater a indiferença é, de certa forma, o ‘slogan’ desta iniciativa internacional da Fundação AIS que se repete já desde há vários anos em Portugal e sempre com a adesão de diversas paróquias de norte a sul do país.

Na sessão de sábado, a propósito do estado do mundo no que diz respeito à perseguição religiosa, falou-se muito em guerras, lembrou-se a frase já dita inúmeras vezes pelo Santo Padre de que o mundo está a viver uma Terceira Guerra Mundial em pedaços e falou-se até de conflitos que já caíram de certa forma no esquecimento, mas onde todos os dias se continua a matar e a morrer.

“Agora é mais comum falar da Terra Santa, já é menos da Ucrânia, já é menos do Mali, já é menos do Sudão, já é menos da República Centro-Africana”, disse o Bispo de Setúbal, acrescentando que, no entanto, “infelizmente, não há falta de exemplos, de dolorosos exemplos seja de guerras, seja de perseguição religiosa, seja de tantas outras coisas em que não se respeita a dignidade da pessoa humana”. Perante esta realidade, que fazer? D. Américo Aguiar apelou à oração e à solidariedade.

“Não podemos fazer muito que não seja rezar, ajudar para que se possa fazer de modo diferente e tentarmos à nossa volta fazer melhor.  Ou seja, nós não podemos resolver o problema das guerras, mas podemos resolver o problema da guerra em nossa casa, com os nossos vizinhos, com os nossos amigos e colegas, e portanto sermos arautos, sermos agentes, sermos pastores, sermos apóstolos da paz. Naquilo que depende de mim, naquilo que depende de nós…”

A AJUDA DA FUNDAÇÃO AIS NA JMJ

Por mais de uma vez, na sua curta intervenção, o Cardeal agradeceu a missão da Fundação AIS, o seu trabalho, a ajuda às comunidades cristãs que passam por mais dificuldades em vários países. E deu um exemplo concreto, de uma situação que acompanhou de perto como responsável máximo pela Jornada Mundial da Juventude de Lisboa.

“Eu quero agradecer o trabalho da Fundação, quero agradecer a generosidade dos benfeitores e benfeitoras para, sempre que possível, possam continuar a ajudar a Fundação, para a Fundação poder ajudar. Quero lembrar aqui que na Jornada Mundial da Juventude nós entregámos à quase maioria dos jovens um Terço para levarem [consigo] e para rezarem, Terço esse que foi oferecido pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre que, por sua vez, financiou a produção desses Terços por famílias cristãs em Belém, cujo rendimento não é outro que não esse. E nos tempos que correm, muito jeito lhes fez essa ajuda da encomenda dos Terços pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.”

DEPOIS DE SETÚBAL, PORTO, BRAGA, ÉVORA

A Red Week vai continuar a desassossegar os portugueses, lembrando-lhes que, no mundo, em demasiados países, não existe liberdade religiosa.

Estas acções de sensibilização da opinião pública vão prosseguir um pouco por todo o país, ao longo dos próximos dias, estando para já agendada a apresentação também do RLRM na Diocese do Porto, na Paróquia das Antas, dia 21, pelas 21h30; e no dia 24, na Arquidiocese de Braga, no Centro Pastoral, pelas 11h. Ainda na sexta-feira, pelas 19h, será a vez da Arquidiocese de Évora acolher, na Igreja de Santa Clara, a apresentação do Relatório da Liberdade Religiosa no Mundo.

Como em anos anteriores, algumas paróquias já manifestaram o desejo de participar nesta acção de sensibilização para a questão da liberdade religiosa, iluminando de vermelho as fachadas das respectivas igrejas.

Até ao momento, estão confirmadas a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, no Porto; a Paróquia da Ramada, no Patriarcado de Lisboa; a paróquia da Praia da Barra e a Igreja da Gafanha da Encarnação, em Aveiro; a Basílica dos Congregados e as igrejas de S. Victor, Senhora -a-Branca, S. Lázaro e o Oratório de Nossa Senhora da Torre além da Junta de Freguesia de S. Victor, todas em Braga.

Toda a informação sobre esta iniciativa da Fundação AIS está disponível e sempre actualizada em fundacao-ais.pt/redweek.

Paulo Aido | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

2 Comentários para “PORTUGAL: D. Américo Aguiar destaca missão da AIS no arranque da ‘Red Week’ no Santuário do Cristo-Rei”

  1. A liberdade religiosa é fundamental para ajudar a um crescimento cultural efetivo das nossas vidas. É imperativo apoiar a AIS

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No período em análise não se registaram casos significativos de discriminação por motivos religiosos nem abusos da liberdade religiosa que pudessem ser imputáveis ao Estado ou a outras entidades governamentais. Além disso, certos fenómenos nas sociedades ocidentais chegaram a Portugal, nomeadamente a progressiva marginalização da religião na vida pública e a legalização de certas práticas, como a eutanásia, que são contrárias aos princípios de várias religiões.

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