PORTUGAL: Rezar pelos mártires, “a elite da Igreja”, é a proposta da Fundação AIS para os portugueses nesta Quaresma

Nigéria, Paquistão, Burquina Fasso, Moçambique, Médio Oriente… Em muitos países e regiões do mundo os cristãos são perseguidos e discriminados por causa da sua fidelidade a Jesus. Para os ajudar, a Fundação AIS está a promover nesta Quaresma uma grande campanha de oração e de solidariedade e milhares de portugueses estão a receber em suas casas uma pequena revista em que se recordam histórias de homens, mulheres e crianças que têm vivido a sua fé até ao limite, até ao martírio.

O que têm em comum o Padre Thaddeus, as Irmãs Appollonia, Aparecida, Georgina e Samar Mikha ou o Padre Edegard? Todos eles sabem por experiência própria o que significa a perseguição aos cristãos, o que significa ajudar famílias forçadas a fugir de terroristas, de multidões em fúria, o que significa dar conforto a quem perdeu tudo o que tinha.

Nigéria, Paquistão, Burquina Fasso ou Moçambique, são apenas alguns dos países onde a comunidade cristã mais tem sofrido nos últimos anos, a par do Médio Oriente. Para sensibilizar a opinião pública para esta realidade que tantas vezes ainda é desconhecida, e para apoiar concretamente a Igreja que nestes países e regiões permanece lado a lado com as populações em maior sofrimento, a Fundação AIS lançou uma grande Campanha nesta Quaresma.

Ao longo destes dias, milhares de portugueses estão a receber em suas casas uma pequena revista em que se recordam histórias de mártires, de homens, mulheres e crianças que têm vivido a sua fé até ao limite, até ao martírio. Como recorda a directora do secretariado nacional da AIS, “os mártires têm sido a elite da Igreja, aqueles que deram a vida por amor a Cristo, testemunhando a sua fé até ao último instante”. Esta realidade, alerta ainda Catarina Martins de Bettencourt, “não pertence ao passado e em muitas partes do mundo, os Cristãos continuam a ser perseguidos, torturados e assassinados simplesmente porque acreditam em Jesus”.

UM DESAFIO PARA OS PORTUGUESES

É para eles que a Fundação AIS promove a sua campanha nesta Quaresma. Uma campanha que procura ser também um desafio para que os portugueses compreendam que a perseguição religiosa é algo de concreto, real, que acontece nos dias de hoje e que exige a nossa maior solidariedade.

“Se estivéssemos no lugar deles, até onde iríamos para defender a nossa fé? Teríamos força para resistir?”, pergunta Catarina Bettencourt, lembrando que estas questões não são opção, não são uma escolha para os cristãos que vivem nestes países. Esta é a dura realidade de todos os dias.

E é para ajudar estes cristãos que são “a elite da Igreja”, que a Fundação AIS está a mobilizar os portugueses. Rezar por eles e ajudá-los activamente é a proposta da Campanha da AIS para esta Quaresma. Uma Campanha destinada a reforçar o auxílio a comunidades concretas, como tem acontecido com os deslocados vítimas do terrorismo em Cabo Delgado, Moçambique, e que têm recebido ajuda de emergência; ou com apoio jurídico e social para meninas vítimas de casamento e conversões forçadas no Paquistão; ou ainda, por exemplo, para crianças de famílias cristãs que foram forçadas a fugir da Planície de Nínive, no auge da violência jihadista no Iraque no Verão de 2014.

CAMPANHA GLOBAL

Esta é uma Campanha global. Além de Portugal, todos os 23 secretariados da Fundação AIS, espalhados pelo mundo, estão mobilizados no mesmo propósito. Regina Lynch, presidente executiva internacional da AIS explica que se pretende “reforçar a presença da Igreja em lugares onde a fé está a ser atacada”. Para isso, explica, pretende-se promover inúmeros projectos. É o caso da “construção ou reconstrução de edifícios da Igreja e outras estruturas, de programas de cura de traumas, do apoio à formação de padres e religiosos e da ajuda de emergência a comunidades de cristãos deslocados”. Tudo isto para que “a esperança não se extinga”, diz Regina Lynch.

Além disto, e por ser fundamental também o diálogo inter-religioso para a construção da paz, “a Fundação AIS está a promover projectos que fomentam o entendimento entre as diferentes comunidades religiosas”, diz ainda a responsável. “A reconciliação é um caminho essencial para evitar novos casos de perseguição e para construir sociedades mais justas e fraternas”, conclui Regina Lynch.

Do Médio Oriente a África, há um clamor imenso por justiça, há um apelo constante por ajuda. Os Cristãos são perseguidos e precisam de esperança. É para lhes dar esperança que a Fundação AIS está a promover esta Campanha nesta Quaresma. Uma Campanha de oração e de solidariedade para com estes cristãos que são, sem sombra de dúvidas, a elite da Igreja.

Paulo Aido | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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No período em análise não se registaram casos significativos de discriminação por motivos religiosos nem abusos da liberdade religiosa que pudessem ser imputáveis ao Estado ou a outras entidades governamentais. Além disso, certos fenómenos nas sociedades ocidentais chegaram a Portugal, nomeadamente a progressiva marginalização da religião na vida pública e a legalização de certas práticas, como a eutanásia, que são contrárias aos princípios de várias religiões.

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