PORTUGAL: No dia de arranque da JMJ, Bispo de Pemba lembra sofrimento dos jovens em Cabo Delgado

PORTUGAL: No dia de arranque da JMJ, Bispo de Pemba lembra sofrimento dos jovens em Cabo Delgado

D. António Juliasse lembra, em mensagem enviada para a Fundação AIS, que há uma guerra em Cabo Delgado, apesar de o mundo falar cada vez menos disso, e que essa guerra está a causar sofrimento aos jovens moçambicanos.

D. António Juliasse lembra, em mensagem enviada para a Fundação AIS, que há uma guerra em Cabo Delgado, apesar de o mundo falar cada vez menos disso, e que essa guerra está a causar sofrimento aos jovens moçambicanos. Precisamente no dia em que foi exibido no cinema São Jorge o documentário “Sou um deslocado interno”, o Bispo de Pemba, fez chegar uma breve mensagem à Fundação AIS em que apela à solidariedade do mundo para as populações de Cabo Delgado, em Moçambique, vítimas da violência terrorista desde Outubro de 2017.

D. António Juliasse lembra que se trata mesmo de uma guerra, apesar de o mundo falar disso cada vez menos. E apela, através da Fundação AIS, para que os jovens possam denunciar esta situação manifestando, também, a sua solidariedade para com o sofrido povo moçambicano. “Caros jovens peregrinos da JMJ. Há em Cabo Delgado uma guerra que o mundo menos fala. Já foram contabilizados cerca de 1 milhão de deslocados internos e perto de 5 mil mortos.”

Na mensagem escrita, enviada para o secretariado português da Fundação AIS, o prelado fala em destruição, medo e sofrimento, e explica como os jovens moçambicanos se têm deixado ludibriar a ponto de pegarem em armas fazendo engrossar as fileiras dos terroristas. “Tantas habitações, aldeias e infraestruturas destruídas. Instalou-se o medo e o sofrimento. As promessas enganosas de um futuro melhor e de ganhos tornaram inúmeros jovens pobres e incautos em instrumentos de guerra dos senhores poderosos [que são] localmente invisíveis.”

Sofrimento nos jovens

D. António Juliasse lamenta como esta guerra, que o mundo está a esquecer, tem vindo a provocar a morte e o sofrimento em tantos jovens. Sejam eles terroristas ou os soldados que os combatem. “Tanto os jovens radicais do jihadismo islâmico morrem, como também morrem os jovens militares, os jovens das aldeias e os jovens formados nas vilas atacadas. A maioria dos mortos são jovens.”

A mensagem enviada para a Fundação AIS termina com um desafio para os jovens de todo o mundo e que se encontram em Lisboa a participar na JMJ, para serem generosos e denunciarem a guerra, todas as guerras, criando assim um caminho para a esperança e dando lugar ao sonho. “Ser solidário com Cabo Delgado alivia certamente o sofrimento imediato deste povo que está com muitas necessidades. Mas se os jovens denunciarem e agirem vigorosamente contra a atrocidade das guerras no mundo trarão de volta a esperança e o sonho da vida para todos”, disse D. Juliasse.

Esta mensagem foi enviada precisamente no mesmo dia em que ocorreu a exibição do documentário “Sou um deslocado interno”, que marcou o arranque das sessões de cinema do Festival da Juventude da Jornada Mundial da Juventude.

E se for comigo?

No final da exibição do documentário, Paulo Aido, jornalista da Fundação AIS, contextualizou o tema deslocados internos em Moçambique, procurando sensibilizar também os jovens para esta questão. “Um milhão de pessoas. É mais ou menos o número dos jovens que estão hoje em Lisboa para esta Jornada Mundial da Juventude. Imaginem, por um instante apenas, que são vocês os deslocados, que vocês, queridos jovens, são estas vítimas do terrorismo. Imaginem, por um instante, que foram vocês que tiveram de fugir. Imaginem, por um instante, que todos os dias, vocês estão à espera que vos deem alguma coisa para comer. Imaginem que viram matar pais, irmãos, filhos, vizinhos, amigos…”

Além dos deslocados internos em Moçambique, houve ainda a exibição de mais seis documentários, dois dos quais, sobre religiosas e seminaristas, foram também produzidos pela Fundação AIS.

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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No período em análise não se registaram casos significativos de discriminação por motivos religiosos nem abusos da liberdade religiosa que pudessem ser imputáveis ao Estado ou a outras entidades governamentais. Além disso, certos fenómenos nas sociedades ocidentais chegaram a Portugal, nomeadamente a progressiva marginalização da religião na vida pública e a legalização de certas práticas, como a eutanásia, que são contrárias aos princípios de várias religiões.

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