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PORTUGAL: Lisboa vai rezar pela paz na Ucrânia em iniciativa da Fundação AIS e do Presépio na Cidade
“Estamos convidados a formar um exército de paz, em que a nossa arma é o Terço”, diz, com o entusiasmo que a caracteriza, Sofia Guedes, uma das organizadoras da jornada de oração que vai realizar-se na noite de sexta-feira, 11 de Março, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
Esta oração do Terço é uma iniciativa conjunta da Fundação AIS e do Presépio na Cidade, do Patriarcado de Lisboa, conta com o apoio de D. Rui Valério, Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança. O objectivo é rezar pela paz no mundo e agora, muito concretamente, na Ucrânia, seguindo as palavras de Nossa Senhora aos Pastorinhos na Cova da Iria em 1917.
“Esta iniciativa é uma bênção”, diz Sofia Guedes, que é também a responsável pelo Presépio na Cidade, que um grupo de leigos organiza em Lisboa desde o ano 2000. “Esta é uma oportunidade para mostrarmos ao mundo a importância de lutarmos pela paz virando-nos para Deus. Aquilo que vamos fazer é colocar a oração em primeiro plano, é mostrar ao mundo a nossa solidariedade para com o povo ucraniano que está a sofrer com esta guerra”, acrescenta a responsável.
Também a directora da Fundação AIS considera esta jornada de oração como uma “oportunidade singular de solidariedade para com o povo ucraniano que está a viver, seguramente, uma das horas mais negras da sua história”. Para Catarina Martins de Bettencourt, “convocar os cristãos para rezar pela paz é uma forma também de a Fundação AIS sublinhar a sua proximidade para com este país a que está ligada há mais de quatro décadas”. “Rezar e ajudar são duas das premissas essenciais do trabalho e da missão da Fundação AIS e que agora, dada a situação trágica que se está a viver na Ucrânia, ganham um relevo particular. Afinal, o que ninguém queria que tivesse acontecido, acabou mesmo por acontecer. A Rússia declarou guerra à Ucrânia e, perante o horror do que tem vindo a suceder neste país, é necessário mostrarmos que estamos todos unidos na oração e na ajuda concreta”, acrescenta Catarina Bettencourt.
Palavras que são também subscritas por Sofia Guedes que, como responsável principal do Presépio na Cidade, tem organizado ao longo dos últimos anos diversas iniciativas conjuntas com a Fundação AIS. Esta jornada de oração pela paz no mundo e na Ucrânia é apenas um exemplo dessa cooperação entre as duas entidades. “Estamos convidados a formar um exército da paz, em que a nossa arma é o Terço. Vamos ‘disparar’, salvo seja, ave-marias para tornar a paz possível respondendo também ao pedido de Nossa Senhora que, em Fátima, nos pediu para rezarmos pela conversão da Rússia”, diz Sofia Guedes.
Tal como a directora da Fundação AIS, também a responsável pelo Presépio na Cidade fala no dramatismo das imagens e dos testemunhos que chegam todos os dias de uma Ucrânia em guerra. “As imagens são dramáticas, mas esta situação, esta guerra e esta crise de refugiados está a mostrar-nos, também, uma onda enorme de fé e de solidariedade nesta Europa que se vinha afastando da sua identidade cristã”, diz Sofia Guedes. Por tudo isto, acrescenta, “esta é uma oportunidade para nos tornarmos melhores pessoas, mais conscientes, mais próximas e mais humanas. Está a emergir o que de melhor tem o ser humano: o cuidado pelo outro”.
Catarina Martins de Bettencourt acredita também que esta guerra no coração da Europa vai continuar a provocar uma mobilização notável da sociedade civil e isso é muito assinalável. “A guerra está também a fazer despertar um sentimento de solidariedade que importa destacar. A Fundação AIS está totalmente mobilizada não só aqui em Portugal, mas em todos os seus secretariados em todo o mundo, na ajuda concreta à Igreja ucraniana que todos os dias nos tem vindo a revelar uma coragem e uma dedicação absolutamente notáveis”, acrescenta a directora da Ajuda à Igreja que Sofre em Portugal.
As previsões climatéricas apontam para uma sexta-feira de inverno rigoroso, mas isso não será seguramente um obstáculo para a participação nesta jornada de oração no Mosteiro dos Jerónimos. Na Ucrânia, além das temperaturas negativas, as populações têm sido flageladas por constantes bombardeamentos e têm de lidar também já com falhas ou cortes mesmo no fornecimento de electricidade, gás, alimentos e medicamentos. O número de refugiados tem crescido de forma brutal de dia para dia. Na Ucrânia, as pessoas estão em grande sofrimento e pedem-nos ajuda. Não será o frio ou a chuva que impedirão os portugueses de abraçar, rezando, o povo ucraniano na próxima sexta-feira à noite no Mosteiro dos Jerónimos. Todos são convidados a trazer uma vela. Para iluminar as trevas.
PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt