PORTUGAL: Fundação AIS lança campanha de emergência para as comunidades sírias mais atingidas pelo sismo

PORTUGAL: Fundação AIS lança campanha de emergência para as comunidades sírias mais atingidas pelo sismo

Dez dias depois do brutal terramoto que atingiu uma vasta região no sul da Turquia e no nordeste da Síria na madrugada de segunda-feira, dia 6, foram já contabilizados em ambos os países mais de 41 mil mortos. A Fundação AIS fez chegar uma carta-apelo a casa de milhares de portugueses. A campanha “SOS SÍRIA” está já em marcha…

A situação no terreno é catastrófica, mas particularmente grave na Síria, pois o sismo atingiu uma área relativamente grande que é ainda controlada por forças rebeldes que se opõem ao regime de Basar al-Assad e não tem sido fácil o acesso das equipas de socorro. A falta de recursos e a dificuldade de acesso aos locais comprometem a eficácia dos meios de socorro. Neste contexto particularmente adverso, a Fundação AIS decidiu, a nível internacional, disponibilizar uma ajuda de emergência no valor de meio milhão de euros e mobilizar os seus benfeitores e amigos em todo o mundo para campanhas de apoio às comunidades cristãs mais afectadas.

O secretariado português da Ajuda à Igreja que Sofre tem estado particularmente mobilizado nesta emergência, tendo feito chegar nos últimos dias a casa de milhares de benfeitores uma carta-apelo para o apoio às comunidades cristãs. Na missiva, Catarina Martins de Bettencourt, directora da Fundação AIS em Portugal, fala em “calamidade”, e lembra que a Síria tem sido, ao longo dos anos, um país sempre muito próximo dos portugueses.

“A Fundação AIS apoia as comunidades cristãs na Síria há muitos anos e agora, mais do que nunca, queremos e iremos estar ao seu lado”, diz a responsável, acrescentando que, “graças à generosidade” dos benfeitores portugueses, tem sido possível ajudar “famílias a reiniciarem as suas vidas e alimentado a fé incrível deste povo”. Mas a situação, agora, revela-se trágica. “Este sismo está a levar a Síria para o abismo. Sobreviver era já uma tarefa difícil, mas agora ficou tudo pior. Podem contar consigo?”, pergunta a directora da Fundação AIS na carta que está a chegar a casa de milhares de portugueses.

 

CAMPANHAS DE SOLIDARIEDADE

Catarina Martins de Bettencourt explica que a Fundação AIS está a reforçar ainda mais as diversas campanhas de solidariedade que já estavam no terreno, e que outras foram entretanto lançadas para se dar a resposta possível às necessidades concretas que as famílias enfrentam agora.

“Todos os projectos que a Fundação AIS já desenvolvia na Síria ganham agora uma importância ainda maior. São os cabazes alimentares, as roupas quentes, os cobertores, o leite para as crianças, a ajuda aos idosos e o auxílio médico… Tudo isto continua a ser essencial e urgente, mas, neste momento, o apelo que nos fazem é para ajudar na reconstrução das casas que não ruíram, mas que sofreram danos estruturais. As famílias precisam de voltar a ter um tecto”, explica a directora do secretariado português da Ajuda à Igreja que Sofre. “Só em Alepo é necessário reparar mais de 600 casas”, acrescenta.

O tempo é, neste momento, um adversário temível. As equipas de resgate procuram ainda nos escombros encontrar pessoas com vida, embora as esperanças de isso acontecer se vão esfumando de hora a hora. O frio intenso que se faz sentir nesta altura do ano na Síria é outro obstáculo terrível para os milhares de famílias que ficaram sem casa. Face a tudo isto, chegam todos os dias, apelos por ajuda. Apelos por ajuda para quem ficou absolutamente sem nada. 

“Os cristãos da Síria precisam de nós, da nossa solidariedade e das nossas orações. Juntos rezemos pelas vítimas da tragédia que abalou a Síria e a Turquia e que as nossas orações consolem todos aqueles que choram”, diz Catarina Bettencourt na carta aos portugueses. Todas as informações sobre a campanha de solidariedade “SOS SÍRIA” estão disponíveis em www.fundacao-ais.pt, ou pelo telefone 217544000.

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

Relatório da Liberdade Religiosa

Mais de 11 anos após o início da guerra na Síria, o país continua a ser fortemente afectado. Embora os combates tenham diminuído significativamente e o autoproclamado Estado Islâmico tenha sido expulso como força territorial, a Síria continua dividida a nível regional, o que afecta profundamente a liberdade religiosa.

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