Peregrinação anual dos benfeitores e amigos da Fundação AIS a Fátima, em que se assinalaram ontem, domingo, os trinta anos de presença da instituição em Portugal, ficou marcada pela renovação da consagração da Obra a Nossa Senhora, e pelo espectáculo musical do Padre José Luís Borga.
Quase centena e meia de benfeitores e amigos da AIS, oriundos de norte a sul do país, estiveram reunidos ontem em Fátima, no Domus Carmeli, em mais uma peregrinação anual da fundação pontifícia. A renovação da consagração da instituição a Nossa Senhora de Fátima, no final da missa celebrada pelo Padre José Jacinto de Farias, assistente eclesiástico nacional da Fundação AIS, em que se repetiram as palavras proferidas no “altar do mundo”, em Setembro de 1967, pelo Padre Werenfried van Straaten, o fundador da Obra, foi o momento simbólico mais significativo do reencontro da família da Ajuda à Igreja que sofre. O dia ficou marcado ainda pelo espectáculo, depois do almoço conjunto, pelo Padre José Luís Borga.
O encontro dos benfeitores e amigos da AIS teve um significado muito especial pois celebram-se em 2025 os 30 anos de presença da instituição em Portugal. São três décadas de missão, dedicação e amor ao próximo. Trinta anos a dar voz aos Cristãos perseguidos e de apoio àqueles que mais precisam. Trinta anos de sinal de esperança num mundo marcado, em tantas regiões, por guerras, muita violência, perseguição religiosa, pobreza extrema e sofrimento.
“É bom estarmos aqui…”
No final da celebração da Missa, a directora da Fundação AIS agradeceu a presença de todos os que se deslocaram a Fátima assim como todos os que, de norte a sul de Portugal têm sido, como benfeitores, a alma da Ajuda à Igreja que Sofre ao longo destes trinta anos. “É muito bom estarmos aqui”, disse Catarina Martins de Bettencourt, lembrando que na capela estavam em exposição alguns objectos litúrgicos danificados e vandalizados durante os anos de terror que se viveram no Iraque após 2014, quando se deu a invasão e ocupação das terras bíblicas da Planície de Nínive pelos terroristas do Daesh, a organização jihadista Estado Islâmico.
Estes objectos foram oferecidos pela Igreja do Iraque e são um testemunho do sofrimento desta comunidade religiosa, mas também representam um agradecimento pela ajuda da AIS, ou seja, de todos vós, durante esse período tão negro para o cristianismo."
Catarina Martins de Bettencourt
“Mas valeu a pena. Exemplo disso, na semana passada houve um festival ecuménico no Iraque, em que se celebrou a fé e se testemunhou que a comunidade está viva, que sobreviveu à violência terrorista e que está unida. Esta exposição é também um alerta para aquilo que se está a passar agora no mundo, especialmente em África, onde os grupos jihadistas são neste momento a maior ameaça aos cristãos”, acrescentou a directora do secretariado nacional da AIS.
Mais de 5 mil projectos anuais
A peregrinação dos benfeitores e amigos da Fundação AIS ficou marcada também pelo espectáculo musical do Padre José Luís Borga que durante aproximadamente uma hora partilhou no auditório do Domus Carmeli alguns dos seus maiores êxitos.
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre está presente em Portugal desde 1995 , e além do escritório-sede em Telheiras, Lisboa, possui um espaço-casa em Fátima e outro em Évora, ambos abertos diariamente ao público graças à generosidade de uma rede local de benfeitores e amigos.
A missão da instituição pontifícia assenta em três pilares fundamentais: informar, orar e partilhar. São três pilares que permitem concretizar todos os dias uma verdadeira aventura de amor junto de sacerdotes e religiosas que, tantas vezes de mãos completamente vazias, continuam a levar a presença de Deus aos locais mais improváveis, junto das comunidades cristãos mais perseguidas, desprezadas e mais pobres.
Anualmente, são apoiados mais de 5 mil projectos pastorais e de emergência humanitária em mais de 135 países, através dos 25 secretariados existentes em todo o mundo, um dos quais é o de Portugal.
Paulo Aido
Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt