PORTUGAL: Balanço positivo de um fim-de-semana em Lamego, em que a Fundação AIS falou dos cristãos perseguidos

Balanço positivo de um fim-de-semana em Lamego, em que a Fundação AIS falou dos cristãos perseguidos

A Fundação AIS esteve, no último fim-de-semana de Maio, na Paróquia de Mêda, Diocese de Lamego, a falar à comunidade local sobre os cristãos perseguidos no mundo. Para o Padre Basílio Firmino, é importante abordar este tema, “que é desconhecido” ainda de muitas pessoas, e que “quase nunca passa nos meios de comunicação social”.

Asia Bibi, Leah Sharibu ou Akash Bashir têm em comum o facto de terem conhecido na pele o que significa a perseguição religiosa, o que significa a violência e o ódio por serem cristãos. As histórias destes três heróis da fé foram relatadas por Félix Lungu, da Fundação AIS, ao longo de todo o último fim-de-semana de Maio em diversas missas na Paróquia de Mêda. Muitos destes fiéis, mas também de Outeiro dos Gatos, Ourozinho e Telhal, escutaram pela primeira vez o nome destes três cristãos que no Paquistão e na Nigéria assumiram até às últimas consequências o que é ser cristão.

Asia Bibi foi condenada à morte por blasfémia no Paquistão, em 2010, por ter bebido um copo de água de um poço. Akash Bashir tinha 20 anos quando sacrificou a sua vida, em 2015, impedindo um terrorista de deflagrar no meio de uma igreja cheia de fiéis, também no Paquistão, a bomba que trazia escondida no seu corpo, e Leah Sharibu foi raptada por terroristas islâmicos na Nigéria e continua ainda em cativeiro, sete anos depois, por ter recusado renunciar ao cristianismo, como os seus captores exigiam. Tinha apenas 14 anos de idade quando foi levada à força da escola onde vivia, no norte do país.

"As histórias destes três cristãos, permitiram mostrar que a perseguição religiosa é algo que acontece nos dias de hoje, em vários países, e que afecta pessoas de todas as idades. Pessoas como nós, mas que, por aquilo que fizeram, por aquilo que sofreram, são autênticos heróis"

São heróis da fé”, explica Lungu, que é o responsável pela comunicação do secretariado português da Fundação AIS.

“TRISTE REALIDADE…”

Esta não foi a primeira vez que a AIS esteve nesta paróquia da Diocese de Lamego. Há uns anos, o Padre Basílio Firmino já tinha convidado a fundação pontifícia a apresentar o tema da liberdade religiosa em escolas locais no âmbito da disciplina da educação moral e religiosa católica de que é também professor. Mas agora, o convite foi para se falar da perseguição aos cristãos a todos os fiéis da comunidade local durante as eucaristias.

Para o sacerdote, é preciso insistir nesta temática pois continua a ser “desconhecida por parte de muitos cristãos e da comunidade eclesial” e é algo que “quase nunca passa nos meios de comunicação social”. “E é preciso dá-la a conhecer porque, em pleno século XXI, ainda não somos livres de viver a nossa fé cristã em muitos lugares do mundo”, explica o sacerdote. “Isto é uma triste realidade, mas é a realidade que existe.”

O Padre Firmino explica ainda, em mensagem enviada para a AIS a agradecer esta iniciativa, “que as pessoas ficaram incomodadas, ficaram, de certa maneira, admiradas, ao saber que há tantos cristãos em tantas partes do mundo que não podem viver a sua fé”. 

ACOLHIMENTO FANTÁSTICO

Em resultado deste fim-de-semana da Fundação AIS em Mêda, plantaram-se algumas sementes. Uma delas, assegura o sacerdote local, é a da oração pelos que são perseguidos por causa da sua fé, e a outra é a do “maior compromisso” na vida religiosa e também no “apoio” ao trabalho da AIS. “Se a Fundação AIS existe para ajudar os cristãos perseguidos e em dificuldade, é nosso dever, e eu já faço isso há algum tempo, ajudar com aquilo que pudermos para que muitos outros cristãos possam ter melhores condições para viver a sua fé” afirma o Padre Firmino.

Para a Fundação AIS, o acolhimento recebido em Mêda “foi fantástico”, diz Félix Lungu, realçando o “enorme carinho com que a Ajuda à Igreja que Sofre foi recebida por todos”. “O balanço não podia ter sido mais positivo”, conclui. Durante todas as celebrações em que a Fundação AIS participou, foram distribuídos pelos fiéis terços produzidos pelos cristãos da Terra Santa. “Ninguém ficou indiferente à situação destes cristãos e todos assumiram o compromisso de rezar e de ajudar” estas comunidades que vivem nesta região do globo.

Paulo Aido

Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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