PAQUISTÃO: Fundação AIS lança campanha em favor dos cristãos vítimas de violento ataque no Paquistão

Paquistão

A comunidade cristã na cidade de Jaranwala, no Paquistão, foi alvo de um brutal ataque no dia 16 de Agosto. Radicais muçulmanos destruíram ou vandalizaram mais de 20 igrejas e centenas de habitações. Face à situação dramática que se está a viver, a Fundação AIS acaba de lançar um apelo à solidariedade dos portugueses para com as famílias mais atingidas pela violência…

“A situação é dramática! Peço a sua solidariedade para podermos enviar alguma ajuda de emergência para estes nossos irmãos e irmãs do Paquistão. Em nome de todos eles, em nome de cada um deles, o meu muito obrigada!” É assim que termina a carta que a Directora da Fundação AIS está a enviar para milhares de benfeitores e amigos da instituição em Portugal. Catarina Martins de Bettencourt explica que a comunidade cristã em Jaranwala encontra-se numa situação muito difícil após o brutal ataque de 16 de Agosto. Nesse dia, como é recordado na carta, “mais de 20 igrejas foram atacadas e centenas de casas de cristãos foram destruídas. Até um cemitério foi profanado.” Uma violência que começou por causa de uma alegada acusação de blasfémia contra um empregado de limpeza cristão. “Alguém disse que ele tinha rasgado umas folhas do Corão e isso bastou para que uma multidão saísse às ruas carregados de ódio”, explica a directora do secretariado português da Fundação AIS. “Tudo o que pertencesse aos cristãos passou a ser um alvo. Para instigar ainda mais a violência, nos altifalantes das mesquitas, escutaram-se apelos à população local para ‘sair e matar’ os cristãos. Famílias inteiras tiveram de fugir”, acrescentou.

Situação dramática

Na missiva, explica-se ainda que tudo aconteceu perante a impassibilidade das forças de segurança. “Nas primeiras horas de tumulto, não apareceu ninguém para proteger as pessoas. Nem polícia, nem exército. Ninguém.” Isso talvez ajude a explicar a dimensão do que ocorreu em Jaranwala no dia 16 de Agosto. “Foi um dos mais cruéis ataques de perseguição contra os Cristãos a que este país alguma vez assistiu”, pode ler-se na carta que a Fundação AIS está a enviar para casa de milhares de portugueses. “Os extremistas começaram a atirar pedras e a incendiar os edifícios. Foi aterrador.” Em resultado de toda a violência que tomou conta das ruas de Jaranwala, assistiu-se a uma fuga generalizada da população. “Milhares de Cristãos tiveram de abandonar as suas casas. No dia seguinte, os poucos que regressaram, ainda cheios de medo, mas desesperados à procura de comida, ficaram horrorizados com a extensão dos danos causados. Encontraram tudo destruído. Tudo. Nem uma lâmpada foi poupada”, descreve a responsável pelo secretariado português da Ajuda à Igreja que Sofre. É neste contexto tão adverso que a Fundação AIS convoca uma vez mais os portugueses, especialmente os benfeitores e amigos da instituição, para auxiliarem os cristãos perseguidos de Jaranwala. “Muitos não têm para onde ir, dormem no chão, sem luz eléctrica, sem nada para cozinhar… A situação é dramática.” A carta de Catarina Martins de Bettencourt termina com um apelo à solidariedade para com as famílias cristãos mais atingidas pela violência nesta cidade paquistanesa, lembrando que o tempo urge principalmente para as famílias que perderam praticamente tudo o que tinham…

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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