Dois sacerdotes foram sequestrados na Nigéria em diferentes dioceses e em menos de uma semana. O caso mais recente ocorreu ontem, dia 21, na Diocese de Yola. Desde o início do ano foram já raptados cinco padres. No ano passado foram 28…
O padre Oliver Buba foi raptado ontem, dia 21 de Maio, por homens armados que invadiram a Igreja Católica de Santa Rita, situada em Bare, no conselho local de Numan, no estado de Adamawa. Numa mensagem publicada pela Diocese de Yaola, a que a Fundação AIS teve acesso, D. Stephen Dami Manza esclarece que o “triste acontecimento ocorreu na madrugada” de terça-feira, convidando “todos os fiéis cristãos, bem como homens e mulheres de boa vontade, a rezar pela libertação rápida e segura do padre”.
O rapto deste sacerdote é o segundo no espaço de menos de uma semana na Nigéria. O padre Basil Gbuzuo havia sido levado também por criminosos armados na passada quarta-feira, 15 de Maio, na Diocese de Onitsha. Felizmente, este sacerdote foi entretanto libertado. Com estes dois casos, eleva-se para cinco o número de sacerdotes raptados na Nigéria desde o início do ano.
Aos padres Oliver Buba e Basil Gbuzuo somam-se os casos dos padres claretianos Kenneth Kanwa e Jude Nwachukwu, sequestrados em Fevereiro, e do padre Tony Mukoro, da Diocese de Benin City, sequestrado em Março. Todos seriam libertados.
UM PROBLEMA DE FALTA DE SEGURANÇA
No entanto, apesar de normalmente os sacerdotes raptados acabarem por ser libertados, nem sempre isso acontece. De facto, pelo menos três padres sequestrados ainda estão desaparecidos. São eles o Padre John Bako Shekwolo, desaparecido desde 2019, e os Padres Joseph Igweagu e Christopher Ogide, levados em 2022 e sobre os quais não houve mais qualquer informação.
A Nigéria sofre com uma grave falta de segurança, onde os casos de sequestro para resgate se tornaram numa verdadeira epidemia. Em 2023, a Nigéria liderou mesmo a lista de países com casos de padres e religiosos sequestrados, com 28 ocorrências, incluindo três religiosas.
A Fundação AIS acompanha sempre com muita preocupação todos estes casos, pedindo a libertação imediata e incondicional de todos eles, e junta-se aos muitos líderes católicos na Nigéria que exigem que o governo ponha fim a este problema de insegurança na nação. Os benfeitores da Ajuda à Igreja que Sofre são convidados a lembrarem todas as vítimas de sequestros na Nigéria nas suas orações.
Paulo Aido e Filipe D’Avillez
Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt