NIGÉRIA: Desconhece-se paradeiro de dois padres sequestrados por homens armados no sul do país

NIGÉRIA: Desconhece-se paradeiro de dois padres sequestrados por homens armados no sul do país

Ainda não há informações sobre o paradeiro de dois sacerdotes católicos raptados no domingo, 30 de Abril, no estado de Delta, no sul da Nigéria. No início da semana passada, um outro padre foi libertado ao fim de nove dias de cativeiro.

É mais um sinal do perigo que a comunidade cristã enfrenta actualmente na Nigéria. No domingo, 30 de Abril, no estado nigeriano de Delta, situado no sul do país, dois sacerdotes foram raptados por homens armados, desconhecendo-se até ao momento o seu paradeiro. Tanto o Padre Chochos Kunav, do Instituto Secular de Shoenstatt, como o Padre Raphael Ogigba, da Diocese de Warri, estavam numa rua em frente da Ibru University Agbarha Otor quando foram levados à força. Dias antes, na segunda-feira, 24 de Abril, terminava o calvário de um outro sacerdote, Michael Ifeanyi Asomugha, pároco na igreja de São Paulo, em Okighe, no Estado de Imo. Ifeanyi esteve nove dias, ou seja, cerca de 216 horas às mãos dos seus sequestradores.

Flagelo dos raptos
Estes casos ajudam a perceber a importância da campanha que a Fundação AIS promoveu em Portugal durante a Quaresma, em que se procurou sensibilizar a opinião público para o flagelo dos raptos e de toda a violência que tem vindo a atingir com particular intensidade a comunidade cristã na Nigéria. Com cerca de 206 milhões de habitantes, a Nigéria é o país mais populoso de África e também a sua maior economia. Simultaneamente é um dos países onde a perseguição aos cristãos é mais visível. No ano de 2022 foram raptados 28 sacerdotes. E quatro foram assassinados. Mas também há o rapto de jovens, especialmente raparigas. O caso de Leah Sharibu, a jovem cristã raptada de uma escola em Dapchi, há cinco anos, é particularmente chocante. Na ocasião, recorde-se, os raptores, pertencentes ao Boko Haram, levaram à força 110 alunas. Todas acabariam por ser libertadas ao fim de poucas semanas. Todas menos Leah, a única cristã do grupo que recusou renunciar à sua fé como os terroristas exigiam. Ficou em cativeiro. Tinha apenas 14 anos de idade.

Campanha Fundação AIS
A Campanha da Fundação AIS foi lançada na Quaresma mas não tem prazo de validade. As histórias, os depoimentos e os apelos que foram publicados ajudam a ilustrar a situação por vezes dramática em que se encontram os cristãos e a urgência da ajuda que é necessário fazer chegar a esta comunidade religiosa. Como explicou na ocasião a directora da Fundação AIS em Portugal, “é preciso que o mundo conheça estas histórias, é preciso que o mundo saiba que na Nigéria os Cristãos são perseguidos de forma brutal”, e que são, também, “verdadeiros heróis pois arriscam a vida pela sua fé”. Todos eles, disse ainda a responsável, “são, para todos nós, um enorme exemplo de coragem, de abnegação”. “Por tudo isto, temos o dever de os ajudar, temos o dever de responder aos seus apelos”, acrescentou Catarina Martins de Bettencourt.

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

Relatório da Liberdade Religiosa

A liberdade religiosa na Nigéria está gravemente ameaçada. As vítimas são predominantemente cristãs, mas também muçulmanas e de religiões tradicionais, líderes religiosos e fiéis que sofrem às mãos dos terroristas, grupos armados jihadistas e criminosos nacionais e transnacionais.

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