LISBOA: Ajuda angariada pela Fundação AIS para os cristãos perseguidos atingiu valor recorde em 2021

LISBOA: Ajuda angariada pela Fundação AIS para os cristãos perseguidos atingiu valor recorde em 2021

Foi o valor mais alto alguma vez angariado pela Fundação AIS na sua missão de apoio à Igreja que sofre e aos cristãos perseguidos no mundo.

 

A nível global, a fundação pontifícia recebeu cerca de 133 milhões de euros, valor que ganha uma expressão significativa se comparado com os dados obtidos no ano anterior, quase 123 milhões de euros, e tendo em conta as dificuldades económicas provocadas pela pandemia global do Covid19. Portugal também registou um valor inédito, com aproximadamente 3 milhões e oitocentos mil euros.

No total, a ajuda obtida pela Fundação AIS permitiu financiar 5298 projectos em 132 países onde a Igreja sofre mais perseguições ou onde a pobreza é mais extrema, o que significou um apoio directo a 1181 dioceses. Ou seja, uma em cada três dioceses em todo o mundo viu acontecer, durante o ano de 2021, algum projecto, alguma iniciativa com a marca da solidariedade da AIS.

Esta realidade foi sublinhada pelo presidente executivo internacional da Fundação AIS, que agradeceu a generosidade dos benfeitores da instituição. “Da Albânia ao Zimbabué, a AIS continua a fazer uma diferença real e duradoura na vida dos cristãos em todo o mundo”, disse Thomas Heine-Geldern. “Estas comunidades são uma fonte de inspiração para nós, na forma como vivem a sua fé, apesar da pobreza, das dificuldades e, muitas vezes, da perseguição que sofrem. Graças à enorme generosidade e ajuda dos nossos benfeitores, podemos apoiá-los e sustentá-los materialmente”, acrescentou o presidente executivo da Fundação AIS.

Todos os anos são analisados mais de 6700 pedidos de auxílio para projectos em 132 países. Em 2021 foi possível responder positivamente a 5298 projectos. Com 30,7% das ajudas, África foi a região prioritária o que traduz a situação dramática que se vive em muitos países, principalmente nas regiões onde o terrorismo islâmico está a crescer e os cristãos são vítimas de perseguição e violência, por vezes brutal, como acontece por exemplo em Moçambique, Burkina Faso ou na Nigéria. Seguiu-se a Ásia, com 22,3 %, a Europa Central e Oriental, com 15,2% e o Médio Oriente com 16,9 por cento. A América Latina recebeu 14,8% da ajuda da Fundação AIS ao longo do ano passado.

As incertezas causadas pela pandemia global do coronavírus permitem realçar a enorme generosidade dos benfeitores da AIS em todo o mundo e isso reflectiu-se, por exemplo, no apoio dado à Igreja na Ucrânia, apoio que se multiplicou desde que a guerra começou em 24 de Fevereiro deste ano. “Em 2021, tal como em anos anteriores, a Ucrânia foi um dos países que mais beneficiou com o financiamento da AIS”, explica Heine-Geldern. “O facto de termos tantos projectos e parceiros no terreno deixou-nos em boa posição para responder imediatamente com ajuda em 2022, quando a guerra começou. A AIS continuará a trabalhar, onde puder, para ajudar os cristãos que precisam de assistência, desde que os nossos benfeitores continuem a confiar-nos os seus donativos e apoio”, disse ainda o presidente executivo no comunicado de apresentação dos resultados da instituição.

Palavras que são secundadas por Catarina Martins de Bettencourt. A directora do secretariado nacional da Fundação AIS destacou também os resultados obtidos no nosso país, o que traduz, diz, uma generosidade ímpar dos portugueses. “Os benfeitores portugueses da Fundação AIS voltaram a surpreender. Apesar da crise provocada pela pandemia do Coronavírus, a generosidade dos portugueses para com os cristãos perseguidos e a igreja que sofre em tantos lugares do mundo voltou a falar mais alto.” Catarina Bettencourt destaca não só o apoio material que foi providenciado como também a proximidade espiritual que se estabeleceu e desenvolveu ao longo do ano passado entre benfeitores e amigos portugueses da Ajuda à Igreja que Sofre e os cristãos em maior sofrimento em todo o mundo. “Não se trata apenas da ajuda material às comunidades cristãs que mais sofrem, que são mais perseguidas e discriminadas, que conhecem no dia-a-dia o sabor amargo da pobreza, por vezes extrema, da falta de recursos na saúde, na educação, até na própria alimentação. No ano de 2021, os benfeitores portugueses da AIS mostraram por inúmeras vezes que estão de alma e coração com os irmãos mais necessitados, rezando por eles, rezando com eles, mobilizando-se como se viu de forma elucidativa desde Fevereiro, quando a guerra começou na Ucrânia, ou antes disso, durante os meses mais duros da pandemia do Covid19.”

Por tudo isto, a directora da AIS faz questão de deixar uma palavra de agradecimento a todos os que permitiram que Portugal contribuísse de forma assinalável, e uma vez mais, para o resultado global da instituição que tantas vezes é a única mão amiga junto das comunidades cristãs em maior sofrimento. “É com um imenso orgulho que apresentamos o trabalho realizado em Portugal, país pequeno e pobre no contexto europeu, mas que se voltou a agigantar perante a urgência da solidariedade com os mais necessitados. A todos os benfeitores e amigos da Fundação AIS, a todos os que confiaram e confiam no nosso trabalho, a todos os que acreditam na nossa missão e que estão de mãos dadas connosco, vai o meu muito obrigada.”

A Fundação AIS está presente com secretariados em 23 países – um dos quais é Portugal – tendo, no conjunto, mais de 347 mil benfeitores.
Quase 70% da população mundial não pode exercitar livremente a sua fé. O direito fundamental da liberdade religiosa não é garantido em pelo menos 62 países. Mais de 400 milhões de cristãos vivem em países onde a discriminação e a perseguição são a realidade do dia-a-dia. Em muitos destes países, a ajuda da Fundação AIS é o único apoio para a subsistência da Igreja e das comunidades cristãs.

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

Relatório da Liberdade Religiosa

No período em análise não se registaram casos significativos de discriminação por motivos religiosos nem abusos da liberdade religiosa que pudessem ser imputáveis ao Estado ou a outras entidades governamentais. Além disso, certos fenómenos nas sociedades ocidentais chegaram a Portugal, nomeadamente a progressiva marginalização da religião na vida pública e a legalização de certas práticas, como a eutanásia, que são contrárias aos princípios de várias religiões.

PORTUGAL

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