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Indonésia
No maior país muçulmano do mundo há uma congregação com 53 noviças. Na Ilha das Flores, onde ainda se escutam orações num dialecto com perfume português, há uma congregação que tem um sucesso especial. Todos os anos, cerca de duas dezenas de raparigas entram para a comunidade das Filhas de Nossa Senhora, Rainha do Santo Rosário.
A Indonésia é um país especial. Os Cristãos constituem apenas cerca de 10% da população e os Católicos não ultrapassam sequer os 3%. No entanto, isso não traduz o prestígio nem o impacto que a Igreja tem na sociedade. É o caso das Filhas de Nossa Senhora, Rainha do Santo Rosário, em Larantuka, na Ilha das Flores, precisamente o local de uma das primeiras missões abertas pelos dominicanos portugueses em finais do séc. XVI. O passar do tempo esbateu muita coisa, mas ainda hoje é possível escutar orações e cânticos numa das capelas locais, a de Nossa Senhora das Dores, num dialecto cheio de palavras com sotaque português.
A congregação tem um carisma muito simples: trabalhar junto dos mais pobres da sociedade, mas sempre invocando a protecção de Nossa Senhora. É em Larantuka, nesta ilha tão peculiar, que foi fundada a congregação das Filhas de Nossa Senhora, Rainha do Santo Rosário. A congregação tem um carisma muito simples: trabalhar junto dos mais pobres da sociedade, mas sempre invocando a protecção de Nossa Senhora.
Estas irmãs desempenham um papel fundamental na promoção das mulheres, para que elas sejam mais respeitadas na sociedade indonésia. A violência contra as mulheres é, de facto, um grande problema neste enorme país muçulmano. E as irmãs sensibilizam as pessoas, trabalhando com famílias e jovens, incluindo os rapazes.
“Elas visitam as famílias em necessidade, porque precisam de ser ajudadas a ganhar novas competências, com as quais podem alcançar a independência, aprender a cultivar a terra, ou talvez a melhorar as suas capacidades naturais.”
Por ter poucos recursos, mas muitas vocações, esta congregação precisa de ajuda. Em causa está não só a sua formação mas o futuro também destas irmãs, cujo carisma as leva a trabalhar para a comunidade, seja na área social, no ensino, ou apoiando a vida da paróquia. Ao fim de todos estes anos, a semente que os Dominicanos portugueses plantaram nesta ilha continua a dar frutos e, agora, 53 jovens noviças contam consigo!
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