EGIPTO: Faleceu D. Kyrillos Samaan, antigo Bispo da diocese de Assiut e um bom amigo da Fundação AIS

EGIPTO: Faleceu D. Kyrillos Samaan, antigo Bispo da diocese de Assiut e um bom amigo da Fundação AIS

D. Kyrillos William Samaan, antigo Bispo copta-católico de Assiut, faleceu ontem, dia 11, de madrugada no Cairo. Foi um bom amigo da Ajuda à Igreja que Sofre e isso ficou patente nas inúmeras visitas e viagens que fez a convite da fundação pontifícia.

D. Kyrillos William Samaan faleceu na madrugada de quinta-feira, dia 11 de Maio. Tinha 76 anos e, segundo revelou um membro da família à Fundação AIS, estava internado numa unidade hospitalar na capital do Egipto. D. Kyrillos. O prelado supervisionou durante 31 anos a maior diocese católica copta do Egipto. Durante esse período, tornou-se conhecido pelos seus esforços para reforçar o espírito de cooperação entre os egípcios. Ao longo dessas três décadas, e sinal da proximidade que sempre manteve para com a Fundação AIS, instituição com quem estabeleceu diversas parcerias de trabalho, D. Kyrillos Samaan visitou a sede internacional da AIS em Konigstein, na Alemanha, bem como vários escritórios nacionais, como o do Brasil, Reino Unido, Suíça ou França. Foi também a convite da Fundação AIS que falou da situação de sofrimento dos cristãos no Egipto a membros das instituições da União Europeia.

Uma mensagem de apreço
Numa das visitas de trabalho à Alemanha, o prelado fez questão de gravar uma mensagem para “expressar o apreço e gratidão” à AIS, enfatizando a importância da solidariedade dos seus benfeitores e amigos espalhados pelo mundo. “Graças aos benfeitores da AIS – disse, em alemão, uma das línguas que dominava –, conseguimos efectivamente realizar muitas coisas no nosso país. Sem essa ajuda seria muito mais difícil realizar a nossa missão.” Na mensagem, de pouco mais de dois minutos, o prelado explicava que a comunidade copta depende muito do apoio de organizações de solidariedade, pois a Igreja local “não recebe nenhum apoio do Estado”. Por isso, o apoio prestado por diversas organizações, mas “principalmente a Fundação AIS”, revelou-se essencial para o desenvolvimento de projectos, nomeadamente para a construção de igrejas, casas paroquiais, centros pastorais, tal como escolas, hospitais e outros equipamentos, e ainda para a promoção de programas de formação de catequistas ou jovens. “Apreciamos muito o que a AIS faz por nós, não só através da ajuda material, mas também através de orações”, disse ainda o prelado durante essa visita, uma das muitas que fez a Konigstein, na Alemanha. “Sabemos que muitos dos nossos irmãos e irmãs rezam por nós, preocupam-se connosco e querem ajudar-nos. Isso dá-nos coragem para continuar o nosso trabalho e a nossa missão nas situações que vivemos como minorias que somos nos países islâmicos”, disse ainda D. Kyrillos.

Ataques e atentados
De facto, não tem sido fácil a vida dos cristãos no Egipto, tendo-se sucedido nos últimos anos ataques e atentados contra esta comunidade religiosa que representa apenas cerca de 10 por cento de toda a população. Apesar de ser tão minoritária é particularmente perseguida. Ninguém consegue esquecer, por exemplo, os ataques terroristas de Domingo de Ramos de 2017, que causaram 44 mortos e mais de 100 feridos, ou as emboscadas a peregrinos para o Mosteiro de São Samuel, o Confessor, em 2017 e 2018, e que causaram mais de três dezenas de vítimas mortais. Para todos os que se habituaram a ver em D. Kyrillos um defensor intransigente dos direitos dos cristãos como comunidade religiosa, a sua falta será particularmente sentida. A Fundação AIS não tem dúvidas de que D. Kyrillos William Samaan vai continuar a interceder por todos os fiéis em todo o mundo, especialmente pelos que mais sofrem, pelos que são perseguidos.

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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A intolerância social profundamente enraizada e a discriminação institucionalizada contra não muçulmanos, ou aqueles considerados como muçulmanos desviados continuam a ser um grave problema social. Além disso, aqueles que estão fora das religiões monoteístas tradicionais, ou não reconhecidas oficialmente, enfrentam desafios assustadores, tais como atitudes sociais negativas e políticas governamentais contraditórias.

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