BURQUINA FASSO: Atentado terrorista em Igreja durante a celebração de uma missa provoca pelo menos 15 mortos

Um ataque terrorista durante a celebração da Missa numa Igreja Católica, ontem, domingo, dia 25, no vilarejo de Essakane, no Burquina Fasso, provocou pelo menos 15 mortos e dois feridos. A Fundação AIS recebeu um comunicado da Diocese de Dori em que se pede as orações de todos, especialmente pelos feridos, pelas famílias enlutadas, e pelo “repouso eterno dos que morreram na fé…”

Estava a decorrer a Missa na povoação de Essakane, ontem, domingo, dia 25 de Fevereiro, quando a Igreja Católica local foi atacada por terroristas. O balanço, ainda provisório, é terrível, com pelo menos 15 mortos e dois feridos.

Num comunicado emitido pela Diocese de Dori, e que a Fundação AIS Internacional teve acesso, explica-se que 12 dos fiéis foram assassinados no local, e três perderam a vida em consequência dos ferimentos que sofreram e há ainda duas pessoas feridas. “Nessas circunstâncias dolorosas”, pode ler-se no documento – assinado pelo vigário-geral da Diocese, padre Jean-Pierre Sawadogo, em nome do bispo, D. Laurent Bifuré Dabire –, “convidamos todos a rezar pelo repouso eterno daqueles que morreram na fé, pela cura dos feridos e pelo consolo dos corações em luto”.

O texto, breve, fala ainda na conversão dos terroristas e termina com uma nota de esperança pelo fim da violência.

Rogamos pela conversão daqueles que continuam a semear a morte e a desolação no nosso país. Que os nossos esforços de penitência e oração durante este período de Quaresma tragam paz e segurança ao nosso país, Burquina Faso.”

MILHÕES DE DESLOCADOS

Este ataque é mais um sinal da enorme insegurança em que se encontram as comunidades cristãs no Burquina Fasso, que vivem sob a ameaça constante de grupos jihadistas particularmente actuantes na região do Sahel. A situação é deveras dramática.

O mais recente relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo, publicado em Junho do ano passado pela Fundação AIS, revela-o em toda a sua dimensão. “O impacto sobre a população civil tem sido catastrófico”. “Mais de dois milhões de pessoas foram deslocadas, o que representa um aumento de mais de 7 mil por cento desde Agosto de 2018”, ou seja, uma das taxas que mais rapidamente cresceu no mundo, juntamente com Moçambique e a Ucrânia. “E mais de 1.000 escolas foram encerradas. Muitas crianças estão a ser recrutadas à força como crianças-soldado”, pelos militantes jihadistas, denuncia ainda o relatório.

CAMPANHA EM PORTUGAL

Em resposta a esta ameaça, a Fundação AIS lançou em Portugal uma campanha de solidariedade que procura dar algumas respostas às populações cristãs mais atingidas pela violência nas áreas da alimentação, cuidados de saúde, educação, e ainda apoio espiritual.

Num destes projectos, o da “educação”, é possível por exemplo ajudar uma criança que vive num campo de deslocados a ter acesso ao ensino por apenas 65 cêntimos por mês, ou seja, o valor, aproximadamente, de um café. O objectivo, neste caso, é o de se conseguir que pelo menos 100 crianças possam continuar a estudar, apesar da situação muito precária em que se encontram, em campos de acolhimento.

Mas as propostas da Fundação AIS vão para outras áreas também significativas e que fazem a diferença para estas populações que foram forçadas a fugir, que são vítimas da intolerância religiosa. É o caso da “alimentação”, em que com 481 euros por mês se pode auxiliar 26 famílias. Ou os “cuidados de saúde”, em que, com 153 euros por mês, se pode dar assistência médica a 180 doentes…

O desafio da Fundação AIS aos portugueses é simples: rezar por todos estes cristãos, e ajudá-los. A oração e solidariedade podem fazer também aqui toda a diferença. O ataque terrorista de ontem, numa Igreja na povoação de Essakane, mostra que esta ajuda além de necessária é mesmo urgente.

Paulo Aido | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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Relatório da Liberdade Religiosa

Apesar dos esforços dos líderes religiosos para reforçar a coesão social e a tolerância religiosa, os grupos jihadistas estão a avançar e a ganhar poder. Medidas radicais impostas por falta de segurança, por exemplo o encerramento de escolas e capelas católicas, têm sido implementadas.

Sem um envolvimento local e internacional significativo, as perspectivas de liberdade religiosa no Burquina Fasso a curto, e talvez a longo prazo, permanecem negativas.

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