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BURQUINA FASO: Igreja sem notícias da religiosa norte-americana, de 83 anos, sequestrada há cerca de uma semana
A Igreja do Burquina Faso continua ainda sem qualquer informação sobre o paradeiro de Suellen Tennyson, uma irmã norte-americana de 83 anos de idade, sequestrada na madrugada de terça-feira, 5 de Abril, no norte do país.
A religiosa, que pertence à Congregação das Irmãs Marianitas de Santa Cruz, estava em casa, na paróquia de Yalgo, juntamente com a sua comunidade, quando homens armados invadiram as instalações e “arrastaram” a religiosa dali para fora, segundo o Bispo de Kaya, deixando ainda um rasto de destruição assinalável.
“Antes de deixarem o local – disse D. Théophile Naré –, os assaltantes destruíram os quartos e danificaram o veículo da comunidade.”
A religiosa estava em missão no Burquina Faso desde 2014. O ataque à comunidade de Yalgo é mais um sinal da violência crescente contra os cristãos neste país africano.
Em Fevereiro deste ano, por exemplo, jihadistas atacaram o Seminário Menor de Bougui na Diocese de Fada N’Gourma, tendo ameaçado que regressariam e que matariam todos os estudantes e professores que encontrassem por lá. Em Junho do ano passado, os cristãos pediram orações pelas vítimas de um ataque armado que deixou pelo menos 138 mortos na aldeia de Solham, no norte do país. Meses antes, em Janeiro, houve o rapto de um sacerdote, o Padre Rodrigue Sanon, cujo corpo seria encontrado, já se vida ao fim de dois dias.
A ameaça terrorista é, de facto, cada vez mais constante. Em Junho de 2020, Rafael D’Aqui, responsável de projectos da Fundação AIS, afirmava que os grupos jihadistas estavam a transferir do Médio Oriente para a região do Sahel o plano para a edificação de um Califado Islâmico. “E o seu objetivo – dizia – é eliminar todos os vestígios do Ocidente na região, isto é, a educação, a liberdade religiosa e assim por diante…”
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