ÁFRICA DO SUL: Diocese de Durban desenvolve projecto de acolhimento de refugiados com o apoio da Fundação AIS

Por norma, a vida dos refugiados não é fácil. Muitos dos que conseguiram chegar à África do Sul tiveram de enfrentar novos desafios, novos problemas. Muitas vezes, os requerentes de asilo são vítimas de violência por parte das populações locais que os culpam pela criminalidade e desemprego e têm por isso dificuldade em conseguir inserção no mercado de trabalho.

Perante esta realidade, a Arquidiocese Católica de Durban tem vindo a promover desde 2013, com o apoio da Fundação AIS, um projecto pastoral para os refugiados. Nesta cidade localizada na costa da África do Sul, os requerentes de asilo são convidados a participar em seminários e ‘workshops’, que visam facilitar uma melhor integração na realidade local.

Este projecto envolve ainda programas específicos como o pagamento de propinas escolares para as crianças, fornecimento de comida e abrigo aos refugiados recém-chegados e ensino do Inglês e da língua local IziZulu, especialmente para quem vem de regiões francófonas.

Georgette Ntambwa, uma das jovens beneficiárias deste projecto, escreveu à Fundação AIS para agradecer a ajuda que recebeu. “Muito obrigado pela contribuição e participação nas minhas propinas escolares, agradeço-vos muito porque a minha mãe não conseguia fazê-lo. Estou no 8º ano no Liceu Westrich. Muito obrigado. Tudo o que posso dizer são palavras de gratidão porque não tenho nada para vos dar em troca. Apenas palavras e actos de gratidão…”

A educação é, de facto, a melhor ferramenta que se pode oferecer aos jovens refugiados para que possam ter uma vida digna no futuro.

Hupenyu Makusha, coordenador deste projecto pastoral em Durban, sublinha à Fundação AIS a importância desta iniciativa. “As crianças que receberam assistência e apoio progrediram e estão agora a defender as suas famílias…” Este projecto, acrescenta ainda o responsável, “tem transformado a vida de muitas famílias de refugiados”, e a ajuda da Fundação AIS está a revelar-se essencial para que mais requerentes de asilo possam beneficiar desta iniciativa da Igreja “especialmente neste ano de 2021…”