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UCRÂNIA: “Esta guerra é a maior catástrofe do séc. XXI”, afirma secretário-geral da Fundação AIS, apelando à oração pela paz
Fundação pontifícia decide reforçar em mais 300 mil euros a ajuda de emergência para a Igreja Católica da Ucrânia, totalizando agora 1,3 milhões de euros.
“O que está a acontecer na Ucrânia é mais uma tragédia neste país que já tem sofrido tanto, tanto, no curso da História. E agora chegou mais uma guerra que nós, na Europa, não esperávamos e que é a maior catástrofe no Século XXI.”
As palavras são de Philipp Ozores, secretário-geral da Fundação AIS durante a visita ao Brasil e em que foi entrevistado em São Paulo pela TV Canção Nova. “Ainda não sabemos quais vão ser as consequências da guerra”, explicou Ozores, lembrando a fé “muito profunda” do povo ucraniano que passou também por um grande sofrimento “no tempo do estalinismo, do comunismo”.
O secretário-geral lembrou que a Fundação AIS desde há muito que colabora com a Igreja ucraniana, classificando essa relação como sendo um privilégio. “Tem sido um privilégio da Fundação AIS estar sempre com estes cristãos que sofreram tanto, ajudando-os na clandestinidade, para que sobrevivessem na fé e, [mais tarde], nos anos noventa, ajudando no renascimento da Igreja ucraniana…”
A guerra, que chegou na madrugada de 24 de Fevereiro, tem revelado a importância da relação histórica entre a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre e a Ucrânia. “Estamos muito próximos dos bispos e sacerdotes do país. Eles precisam de fundos, sobretudo para ajudar os refugiados. Lançámos uma campanha mundial para os ajudar…”
De facto, logo após os primeiros soldados russos terem atravessado a fronteira com a Ucrânia a fundação pontifícia assumiu o compromisso de enviar uma ajuda de emergência no valor de 1 milhão de euros para os sacerdotes e religiosas que trabalham especialmente com refugiados, em orfanatos e em lares para idosos em todo o país. Uma ajuda que foi reforçada esta semana em mais 300 mil euros.
Esta verba foi distribuída à Igreja Católica de ambos os ritos, às ordens religiosas e aos projectos sociais administrados pela Igreja em todo o país, com especial destaque na região oriental, onde os combates têm sido mais graves, mas também nas zonas onde há maiores fluxos de refugiados. Na capital, Kiev, a Igreja também está a receber apoio financeiro para ajudar os mais necessitados.
De facto, a situação na Ucrânia tem vindo a deteriorar-se de dia para dia, havendo cada vez mais pessoas a abandonar o país, engrossando o número de refugiados. Actualmente, são já mais de 2 milhões. No entanto, e em simultâneo, continua a haver uma forte presença da Igreja, mesmo nas cidades sitiadas, mesmo debaixo de bombardeamentos, como a Fundação AIS tem testemunhado ao longo dos últimos dias e como Philipp Ozores fez questão de recordar também em São Paulo, no Brasil. “Estamos todos muito comovidos com as mensagens que chegam da Ucrânia. Precisamos de nos unir em torno da oração, como nos pede o Papa Francisco…”
PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt
