UCRÂNIA: “A vossa solidariedade pode salvar vidas”, disse Arcebispo Shevchuk a uma delegação da Fundação AIS em Lviv

“Por favor, rezem por nós”, apelou D. Sviatoslav Shevchuk numa mensagem à delegação internacional da Fundação AIS de visita à Ucrânia. O Arcebispo agradeceu também toda a ajuda que a instituição tem feito chegar ao país, em guerra desde Fevereiro de 2022. “A vossa solidariedade pode salvar muitas vidas”, disse.

“Vivemos em profunda dor, provocada pelo trauma da guerra, no entanto, vivemos com esperança. Somos crentes”, disse D. Sviatoslav Shevchuk à delegação internacional da Fundação AIS que está em visita de trabalho à Ucrânia.

Na mensagem, dirigida aos benfeitores da fundação pontifícia espalhados pelo mundo, o Arcebispo Maior da Igreja Greco-Católica Ucraniana lembra que “no meio de todo o sofrimento” causado pela guerra, “o Senhor, nosso Deus, não se esqueceu da Ucrânia”. E deixou um desafio: “Por favor, não se esqueçam de nós!”

Toda a curta mensagem é um apelo à solidariedade e à comunhão de fé. “Ainda que as notícias digam sempre menos do que se passa na Ucrânia, por favor, rezem por nós. A vossa solidariedade pode salvar muitas vidas. Estamos unidos em oração”, disse ainda o prelado.

UM PAÍS EM CRISE ENERGÉTICA

O encontro da delegação da Fundação AIS – que inclui, entre outros, o secretário-geral da instituição e a responsável internacional de comunicação, respectivamente Philipp Ozores e Maria Lozano –, com o Arcebispo Maior da Igreja Greco-Católica Ucraniana ocorreu na Casa Patriarcal em Lviv.

Na ocasião, o Arcebispo Maior da Igreja Greco-Católica Ucraniana fez um breve ponto da situação no seu país, em guerra desde 24 de Fevereiro de 2022, tendo apresentado alguns dos problemas mais sérios que a Ucrânia enfrenta, nomeadamente a crise energética que agora ganha uma nova importância com o Inverno e o consequente agravamento do estado do tempo.

Segundo o Arcebispo, no ano passado a Rússia conseguiu destruir cerca de 60 por cento das infraestruturas eléctricas do país. “Todos os ucranianos estão a preparar-se de várias formas para se abastecerem de luz e calor para o Inverno”, reconheceu, acrescentando que se estão a tentar comprar geradores “em todos os locais possíveis”.

TRAUMAS CAUSADOS PELA GUERRA

Mas a Ucrânia não tem apenas uma crise energética. D. Sviatoslav referiu mesmo que a população está exausta devido à guerra e que isso é tanto válido para os soldados como para os voluntários, e que muitas pessoas precisam de ajuda médica. “Estamos a estudar formas de tratar os traumas da guerra”, disse, lembrando que o conflito com a Rússia começou há mais tempo, em 2014, com a anexação da região da Crimeia.

“Os soldados precisam de boas próteses”, explicou. E também há os traumas psicológicos causados pelos constantes bombardeamentos e pela tensão e ansiedade geradas num ambiente de guerra. O próprio Arcebispo diz que tem dificuldade por vezes em adormecer. “Não consigo dormir durante várias noites enquanto o meu cérebro se habitua aos sons à minha volta”, disse.

Num país em guerra, onde as necessidades são muitas – “as crianças já não frequentam a escola” – é preciso também não esquecer que o próprio clero tem de aprender a lidar com as questões da violência e da morte, tendo sido lançado um programa educativo especial dirigido aos sacerdotes.

A Fundação AIS está comprometida no apoio à Ucrânia desde o primeiro momento. Logo depois de terem soado os alarmes de que a Ucrânia estava a ser invadida, a fundação pontifícia mobilizou-se de imediato a nível internacional para auxiliar o trabalho da Igreja local no apoio às populações, na assistência aos civis.

Através dos 23 secretariados nacionais da instituição – um dos quais em Portugal – foi possível apoiar até agora 292 projectos, num valor que ascende já a 9,2 milhões de euros e beneficiando assim milhares de pessoas.

Paulo Aido | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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O maior desafio à liberdade religiosa na Ucrânia é a situação nos territórios ocupados. Na área controlada pelas autoridades de Kiev, os casos de discriminação religiosa são, até à data, sobretudo incidentes perpetrados contra indivíduos, e não violações sistémicas da liberdade religiosa.
Tragicamente, a guerra parece ter-se enraizado cada vez mais. As violações dos direitos humanos, incluindo as violações da liberdade religiosa, não diminuirão. As perspectivas continuam a ser negativas.

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