SÍRIA: Novo sismo de grande intensidade volta a assustar as populações na região de Alepo

SÍRIA: Novo sismo de grande intensidade volta a assustar as populações na região de Alepo

A terra voltou a tremer na região de Alepo na segunda-feira, dia 20 de Fevereiro, exactamente duas semanas depois do brutal terramoto que causou quase 50 mil vítimas mortais na Síria e na Turquia.

A terra voltou a tremer com intensidade no Sul da Turquia e na região norte da Síria. Desta vez, o abalo de terra foi menos intenso do que há duas semanas, mas, mesmo assim, atingiu 6,4 graus de magnitude na escala de Richter, havendo registo de mais de uma centena de feridos só na Síria. As populações ficaram de novo em pânico, temendo uma repetição da destruição que ocorreu dia 6 de Fevereiro de madrugada.

Estamos bem, graças a Deus”, disse, numa mensagem enviada para a Fundação AIS Internacional, o Padre Hugo Alaniz. O sacerdote, parceiro de projectos da Ajuda à Igreja que Sofre, estava em Alepo quando a terra voltou a tremer. “Foi assustador, muito forte. Há muito medo, esse é o sentimento geral, em alguns casos até pânico. E há boas razões para se ter medo”, acrescentou.

Mensagem semelhante foi enviada para a Fundação AIS em Lisboa pela Irmã Maria Lúcia Ferreira, a religiosa portuguesa que vive em Qara, na Síria. Apesar de estar fora do território, a irmã mantém-se em contacto permanente com a região. A Irmã Myri, como é também conhecida, afirmou que “toda a gente está assustada de novo”, com o sismo que voltou a abalar a Síria, sublinhando assim as palavras do Padre Alaniz.

O sismo desta segunda-feira, 20, não causou danos materiais de relevo, mas deixou de facto a população muito inquieta. Isso foi confirmado também pela Fundação AIS junto de parceiros de projectos não só em Alpo mas também em Latakia, Homs, e Damasco. Centenas de pessoas passaram a noite ao relento ou em parques de estacionamento ou em Igrejas. Só os Franciscanos em Latakia, por exemplo, acolheram cerca de duas centenas de pessoas na sua igreja.

 

CAMPANHA ‘SOS SÍRIA’
O sismo desta segunda-feira mostra a importância da campanha de ajuda de emergência que a Fundação AIS lançou, entretanto, a nível internacional em favor das comunidades cristãs na Síria. Em Portugal, a campanha “SOS Síria” já está em marcha com o envio de uma carta para milhares de benfeitores em que se apela à solidariedade para com as populações mais atingidas pelo terramoto.

Na missiva, Catarina Martins de Bettencourt, directora da Fundação AIS em Portugal, fala em “calamidade”, e lembra que a Síria tem sido, ao longo dos anos, um país sempre muito próximo dos portugueses. “A Fundação AIS apoia as comunidades cristãs na Síria há muitos anos e agora, mais do que nunca, queremos e iremos estar ao seu lado”, diz a responsável, acrescentando que, “graças à generosidade” dos benfeitores portugueses, tem sido possível ajudar “famílias a reiniciarem as suas vidas e alimentado a fé incrível deste povo”. Mas a situação, agora, revela-se trágica. “Este sismo está a levar a Síria para o abismo. Sobreviver era já uma tarefa difícil, mas agora ficou tudo pior. Podem contar consigo?”, pergunta a directora da Fundação AIS na carta que está a chegar a casa de milhares de portugueses e que está a gerar uma resposta muito significativa.

Na carta, Catarina Martins de Bettencourt explica que a Fundação AIS está a reforçar ainda mais as diversas campanhas de solidariedade que já estavam no terreno, e que outras foram entretanto lançadas para se dar a resposta possível às necessidades concretas que as famílias enfrentam agora. “Todos os projectos que a Fundação AIS já desenvolvia na Síria ganham agora uma importância ainda maior. São os cabazes alimentares, as roupas quentes, os cobertores, o leite para as crianças, a ajuda aos idosos e o auxílio médico… Tudo isto continua a ser essencial e urgente, mas, neste momento, o apelo que nos fazem é para ajudar na reconstrução das casas que não ruíram, mas que sofreram danos estruturais. As famílias precisam de voltar a ter um tecto”, explica a directora do secretariado português da Ajuda à Igreja que Sofre. “Só em Alepo é necessário reparar mais de 600 casas”, acrescenta.

O tempo é, neste momento, um adversário temível. As equipas de resgate procuram ainda nos escombros encontrar pessoas com vida, embora as esperanças de isso acontecer se vão esfumando de hora a hora. O frio intenso que se faz sentir nesta altura do ano na Síria é outro obstáculo terrível para os milhares de famílias que ficaram sem casa. Face a tudo isto, chegam todos os dias, apelos por ajuda. Apelos por ajuda para quem ficou absolutamente sem nada.

“Os cristãos da Síria precisam de nós, da nossa solidariedade e das nossas orações. Juntos rezemos pelas vítimas da tragédia que abalou a Síria e a Turquia e que as nossas orações consolem todos aqueles que choram”, diz Catarina Bettencourt na carta aos portugueses. Todas as informações sobre a campanha de solidariedade “SOS SÍRIA” estão disponíveis em www.fundacao-ais.pt, ou pelo telefone 217544000.

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

Relatório da Liberdade Religiosa

Mais de 11 anos após o início da guerra na Síria, o país continua a ser fortemente afectado. Embora os combates tenham diminuído significativamente e o autoproclamado Estado Islâmico tenha sido expulso como força territorial, a Síria continua dividida a nível regional, o que afecta profundamente a liberdade religiosa.

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