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REINO UNIDO: Príncipe Carlos encontra-se com vítimas de perseguição religiosa em encontro promovido pela Fundação AIS
Um jovem cristão iraquiano e um padre da Nigéria, ambos sobreviventes da perseguição religiosa nos seus países, estiveram no centro de uma iniciativa da Fundação AIS que contou com a presença do Príncipe Carlos.
A iniciativa, quinta-feira, dia 9 de Dezembro, decorreu na igreja Anglicana Holy Trinity Brompton, em Londres, e contou com a presença do director do secretariado britânico da Ajuda à Igreja que Sofre.
Neville Kyrke-Smith apresentou ao herdeiro da coroa britânica não só o jovem iraquiano Frank Marooki e o Padre Mark Odion, como também a deputada Fiona Bruce, que desempenha o crucial papel de Enviada Especial do primeiro-ministro para as questões da Liberdade de Religião ou de Crença, e ainda o Bispo Anglicano de Truro, Philip Mounstephen, que liderou em 2019 a equipa que redigiu o relatório solicitado pelo governo britânico sobre a perseguição aos cristãos no mundo.
Frank Marooki tinha apenas oito anos de idade quando perdeu pai, mãe e todos os seus irmãos no dia em que o barco em que viajavam se virou no Mar Egeu, na sequência da fuga da família às atrocidades cometidas pelos jihadistas do Daesh na região da Planície de Nínive, no Iraque, onde viviam.
O Padre Mark Odion viu, por seu turno, a cidade de Kaduna, no norte da Nigéria, ser sistematicamente alvo dos militantes do grupo terrorista Boko Haram. Num desses ataques contra uma igreja, em 2001, o padre Odion perdeu o seu tio, também sacerdote.
Após o encontro com o Príncipe Carlos, Frank Marooki, que vive agora na região oeste de Londres, deu um breve testemunho sobre a sua história e o drama vivido pelos cristãos no Iraque, tendo aproveitado a ocasião para agradecer publicamente ao seu tio, Mark Mansor, por o ter acolhido na sua própria casa permitindo-lhe com isso recomeçar a sua vida no Reino Unido.
O jovem iraquiano deixou também palavras de agradecimento ao empenho demonstrado pelo Príncipe Carlos e por todas as entidades, nomeadamente a Fundação AIS, que têm estado na linha da frente no apoio aos cristãos iraquianos.
“Gostaria de agradecer ao Príncipe de Gales e a todos os que têm vindo a apoiar o nosso país. Por favor, continuem a apoiar a nossa comunidade. Gostaria também de agradecer à Ajuda à Igreja que Sofre por apoiar os cristãos do Iraque desde o ataque de Daesh e espero que o Iraque não venha a sofrer no futuro mais violência por parte dos jihadistas.”
O Padre Mark Odion, dos Missionários de São Paulo, cuja congregação tem sido apoiada na Nigéria pela Fundação AIS, testemunhou, por sua vez, diversas cenas angustiantes da violência causada pelos terroristas do Boko Haram, especialmente na sua cidade natal e que causaram inúmeras vítimas num cenário dramático de morte e destruição.
O responsável pelo secretariado britânico da Fundação AIS sublinhou a importância do encontro e agradeceu a forma como o Príncipe Carlos tem manifestado desde sempre a sua proximidade para com os cristãos perseguidos no mundo. “Gostaria de prestar homenagem a todos aqueles cujo exemplo de fé e coragem nos inspira, e também o cuidado e a preocupação que Sua Alteza Real demonstra, e que é uma enorme fonte de encorajamento”, afirmou Neville Kyrke-Smith.
PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt