O Rei Carlos III encontrou-se com vítimas de perseguição à comunidade cristã na Nigéria num evento que decorreu em Londres no contexto do tempo do Advento, e em que participou também a Fundação AIS.
O monarca escutou, entre outros, o testemunho do Padre Alfred Ebalu, um sobrevivente a uma situação de rapto e de ameaças de morte e de violência no mais populoso país de África. O Padre Ebalu destacou o aumento de casos de perseguição a cristãos não só na Nigéria mas também em outras regiões de África.
No encontro, no dia a 8 de Dezembro, decorreu na King’s House, um centro comunitário pertencente à Igreja anglicana, e contou com a participação também de uma delegação do secretariado britânico da Fundação AIS, nomeadamente a directora, Caroline Hull, o padre Dominic Robinson, Assistente Eclesiástico, e ainda John Pontifex, responsável pelo departamento de comunicação e que foi quem apresentou as testemunhas ao monarca.
Na ocasião, a delegação da Fundação AIS fez chegar ao Rei Carlos III um exemplar do relatório “Perseguidos e Esquecidos?”, sobre os cristãos oprimidos por causa da sua fé. Este relatório, que aborda a violação à liberdade religiosa contra os cristãos em 24 países onde essa realidade é de particular preocupação, foi lançado no passado mês de Novembro e foi uma peça-chave na “Semana Vermelha” [Red Week], uma campanha de sensibilização da opinião pública que a AIS promoveu a nível global.
No encontro, em que houve também um momento de oração e de convívio, estiveram presentes, entre outras individualidades, Justin Welby, o Arcebispo de Cantuária e líder da Igreja Anglicana, e o Arcebispo Copta Ortodoxo de Londres.
No final do evento, a directora do secretariado britânico da Ajuda à Igreja que Sofre sublinhou a importância do encontro com Carlos III, por ter escutado de viva-voz testemunhos reais do que significa a perseguição aos cristãos em alguns países de África. “Estamos muito gratos ao Rei por nos ter dado a oportunidade de o apresentar a testemunhas de perseguição cristã”, disse Caroline Hull.
“É tão importante que as suas histórias sejam ouvidas”, acrescentou a responsável, agradecendo a organização do evento por ter sido uma oportunidade para se mostrar “o papel vital que a fé desempenha no nosso mundo contemporâneo”.