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PORTUGAL: Presidente da República destaca a importância da liberdade religiosa no dia em que inicia o seu segundo mandato
O Presidente da República destacou ontem, na cidade do Porto, a importância da “liberdade fundamental” que está inscrita na Constituição da República e que define “a liberdade religiosa, a liberdade de crer e de não crer”.
Marcelo Rebelo de Sousa fez esta intervenção no salão nobre da Câmara Municipal do Porto, perante 13 representantes das diversas confissões religiosas existentes em Portugal, num momento de oração inter-religioso que foi incluído no programa de tomada de posse para o seu segundo mandato presidencial.
“Apelo para que, em salutar diálogo e convergência de propósitos, tudo façamos para defender a liberdade, a tolerância, a compreensão mútua, num tempo em que é tão sedutor dividir e catalogar, encontrar bodes expiatórios”, disse o Presidente da República que repetiu assim um gesto de proximidade para com as confissões religiosas no primeiro dia do seu mandato, tal como aconteceu em 2016, então na Mesquita de Lisboa.
Marcelo Rebelo de Sousa pediu para que “crentes e não crentes tenham presente o significado da Constituição da República Portuguesa, respeitem a liberdade alheia, não a queiram limitar, não a queiram condicionar, não a queiram esvaziar em homenagem às suas posições pessoais”.
Na intervenção, o Presidente agradeceu às confissões religiosas existentes no nosso país o serviço no combate à pandemia do coronavírus mas também o “muitíssimo” que tem sido feito em áreas como a saúde, educação ou a solidariedade.
“Sublinho, neste ano doloroso para todos os portugueses, neste ano infatigável para todos nós, que o combate sem tréguas à pandemia seria outro sem o vosso contributo”, afirmou o Chefe de Estado, lembrando que muito desse trabalho é discreto e que “muitas vezes” nem se sabe sequer que aconteceu.
Esta é a segunda vez no espaço de poucos meses que o Presidente da República lembra a importância da defesa da liberdade religiosa. Em Setembro do ano passado, por ocasião dos 25 anos da presença em Portugal da Fundação AIS, Marcelo Rebelo de Sousa fez chegar, “em nome da República Portuguesa”, uma “palavra muito breve, mas muito amiga e muito justa” a esta instituição que “de forma desinteressada tem contribuído para aprofundar a democracia em todos os seus sentidos em Portugal”.
Em cerca de dois minutos e meio, na mensagem vídeo gravada no Palácio de Belém, o professor Marcelo destacou não só o trabalho desenvolvido pela Fundação AIS na defesa da liberdade religiosa, como “as causas humanitárias” da missão da Ajuda à Igreja que Sofre.
PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt