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PORTUGAL: Mais de mil pessoas rezaram em Lisboa pela paz na Ucrânia, em iniciativa da Fundação AIS e do Presépio na Cidade
“Obrigado pela solidariedade, obrigado por tudo o que está a ser feito, a todos os níveis, no pequeno Portugal que tem corações enormes… não tenho palavras. Fico muito agradecida, mesmo.” Viktoriia Kuznietsova, primeira secretária para os Assuntos Consulares na Embaixada da Ucrânia em Portugal, protagonizou o momento mais comovente na jornada de oração “Terço pela Paz na Ucrânia”, que decorreu ontem à noite no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
“Temos fé, temos esperança. Não sabemos por que temos de passar por este horror, por este terror, mas vamos vencer, obrigado!” Mais de mil pessoas, que enchiam por completo a Igreja, aplaudiram de pé a responsável consular que não conseguiu esconder as lágrimas ao agradecer a forma como os portugueses se têm vindo a manifestar tão solidariamente para com o povo ucraniano que está a viver uma hora tão negra com a guerra causada pela invasão da Rússia.
A jornada de oração, que foi presidida pelo Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, foi uma iniciativa da Fundação AIS e do Presépio da Cidade, do Patriarcado de Lisboa.
D. Rui Valério sublinhou a importância de se rezar pelo fim da guerra, pelo fim de todos os conflitos que trazem sofrimento, dor e morte. “A oração é o caminho para a paz”, disse o prelado, lembrando as palavras de Nossa Senhora em Fátima em 1917. “Nós, pela força da fé, pelo ardor da nossa oração, vamos cumprir o pedido de Nossa Senhora em Fátima aos Pastorinhos, quando pediu “rezai todos os dias”, porque a oração é o caminho para a paz.”
O Bispo das Forças Armadas fez questão de agradecer também o trabalho da Fundação AIS não só junto da Igreja da Ucrânia nestes dias de guerra, mas em todos os outros palcos de conflito, de perseguição e de pobreza em que as comunidades cristãs passam mais necessidades.
“Antes do mais, quero congratular e dar os parabéns do fundo do coração à Ajuda à Igreja que Sofre, sobretudo porque ela está presente nos momentos em que a humanidade se sente mais vulnerável e mais necessitada”, disse D. Rui Valério, momentos antes de a oração do Terço se ter iniciado.
“A Ucrânia é mais um capítulo, é mais uma página em que a AIS está a escrever linhas e textos e narrativas verdadeiramente maravilhosos de solidariedade, de mobilização da sociedade e, ao mesmo tempo, conscientes de que a paz é um projecto que deriva de Deus, mas, ao mesmo tempo, requer a colaboração e a cooperação de todos os homens e mulheres e boa vontade. Parabéns, AIS!”
O trabalho que a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre tem vindo a desenvolver na Ucrânia foi também destacado pela directora do secretariado português no início da oração do Terço. “A Fundação AIS colabora com a Igreja na Ucrânia há mais de quatro décadas”, disse Catarina Martins de Bettencourt, lembrando que este apoio se materializou, a princípio, nos tempos de “clandestinidade, para que a fé pudesse sobreviver, e, mais tarde, ajudando no renascimento da Igreja ucraniana, como o apoio à formação de seminaristas construção de mosteiros, igrejas e com o apoio à subsistência dos padres”.
Agora, com a invasão devastadora da Ucrânia pela Rússia – “com dois milhões de refugiados, centenas de mortos, cidades destruídas, famílias separadas” – “não podíamos deixar de continuar ao lado da Igreja na Urânia, não só com a nossa solidariedade, mas cima de tudo com as nossas orações”, acrescentou ainda a responsável da Fundação AIS.
A guerra na Ucrânia começou na madrugada de 24 de Fevereiro e logo nesse dia a Fundação AIS anunciou uma ajuda de emergência no valor de 1 milhão de euros, verba que foi reforçada, já esta semana, em mais 300 mil euros.
PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt