PORTUGAL: Fundação AIS relança campanha para ajudar vítimas do extremismo islâmico em África, nomeadamente em Cabo Delgado

PORTUGAL: Fundação AIS relança campanha para ajudar vítimas do extremismo islâmico em África, nomeadamente em Cabo Delgado

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PORTUGAL: Fundação AIS relança campanha para ajudar vítimas do extremismo islâmico em África, nomeadamente em Cabo Delgado

Quarta-feira · 28 Abril, 2021

Em resposta aos ataques sem precedentes que têm vindo a ocorrer no continente africano da responsabilidade de grupos extremistas islâmicos, a Fundação AIS relançou a campanha, a nível internacional, de apoio ao trabalho da Igreja junto das vítimas do terrorismo.

A campanha – “curar as feridas do extremismo religioso em África” – tem um valor global de oito milhões de euros e vai ser canalizada para alguns dos países onde as populações mais têm sofrido com a violência terrorista, nomeadamente Moçambique, Níger, NigériaBurkina FasoCamarõesRepública Centro-Africana e Mali.

Em Moçambique, a campanha da Fundação AIS vai ajudar, por exemplo, 26 religiosas da diocese de Pemba que desempenham um papel crucial no apoio às vítimas dos ataques que têm ocorrido na província de Cabo Delgado desde Outubro de 2017 e que já causaram mais de dois mil mortos e mais de 750 mil deslocados.

ataque à vila de Palma, no dia 24 de Março, mostrou a capacidade operacional dos grupos armados no norte de Moçambique apesar das intervenções dos militares e das forças de segurança, causou dezenas de mortos e provocou um enorme alarme social com a fuga maciça das populações para as matas.

PORTUGAL: Fundação AIS relança campanha para ajudar vítimas do extremismo islâmico em África, nomeadamente em Cabo Delgado
A vila de Palma era considerada como um reduto seguro.

A vila de Palma, situada mesmo nas imediações das infraestruturas da petrolífera francesa Total, era considerada como um reduto seguro. Talvez por isso, o ataque teve enorme repercussão até porque, e pela primeira vez, houve registo de vítimas entre cidadãos estrangeiros. Nos dias seguintes à entrada das milícias jihadistas em Palma, e como a Fundação AIS foi noticiando, houve situações dramáticas de “total desespero” das populações forçadas a fugir, com relatos de decapitações e de violência extrema nas ruas e destruição de casas e de infraestruturas.

Os ataques em Cabo Delgado são semelhantes na estratégia de terror com o que se passa em outras regiões de África. Thomas Heine-Geldern, presidente executivo internacional da Fundação AIS, lembra isso. “África viveu uma angustiante via-sacra em 2020 e tornou-se o ‘continente dos mártires’. A violência contra os cristãos, a sua expulsão e morte aumentaram dramaticamente”, explica. “Espero que a ajuda que prestamos alivie o sofrimento do povo e lhe permita sentir um pouco de esperança pascal”, acrescentou este responsável da fundação pontifícia referindo-se a mais esta campanha de auxílio à comunidade cristã no continente africano.

De facto, e tal como vem profundamente ilustrado no Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo, divulgado em Lisboa e nas principais capitais europeias no passado dia 20 de Abril, durante os últimos anos os Cristãos têm sido alvo de extremistas islâmicos em muitos países africanos. Em nenhuma outra região do globo foram assassinados, nos últimos três anos, tantos padres, religiosos e colaboradores da Igreja. “A Igreja Católica em África é frequentemente uma das vítimas, mas é, acima de tudo, uma importante fonte de apoio, reconciliação e cura para todos os que sofrem violência. Por esta razão, a Fundação AIS considera a ajuda que presta à Igreja do ‘continente dos mártires’ como uma das suas missões mais cruciais, agora mais do que nunca”, disse ainda Heine-Geldern.

A campanha agora relançada a nível internacional pela Fundação AIS vem reforçar o trabalho que o secretariado português da instituição tem vindo a realizar de mobilização da opinião pública para a situação dramática que se vive no continente africano, afectado não só pela violência terrorista, mas também pela pobreza e pela pandemia do coronavírus.

Em Março, por exemplo, e com o apoio da Rádio Renascença, foi lançada uma campanha para sensibilizar e “mobilizar os portugueses para a urgência do apoio humanitário para muitas comunidades que estão numa situação muito precária”, como explicou então a directora do secretariado nacional da AIS.

Essa campanha procura lembrar que “há milhares de pessoas em África que têm fome, doenças, que são perseguidas por serem cristãs”, disse ainda Catarina Martins de Bettencourt.

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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