PORTUGAL: Fundação AIS lança campanha de Natal em socorro dos cristãos no Líbano e na Síria

PORTUGAL: Fundação AIS lança campanha de Natal em socorro dos cristãos no Líbano e na Síria

Face à situação dramática que se está a viver no Líbano e na Síria, com uma crise económica que conduziu ambos os países para a ruína e as famílias para a fome e a miséria, a Fundação AIS decidiu avançar neste Natal com uma campanha de ajuda de emergência, mobilizando os seus benfeitores e amigos para gestos concretos de solidariedade para com as comunidades cristãs nestes dois países. A campanha “Líbano e Síria: Dias do Fim?” reúne histórias reais de cristãos para travam uma dura batalha pela sobrevivência no dia-a-dia…

“A sobrevivência dos cristãos da Síria e do Líbano está nas nossas mãos”, diz a directora do secretariado português da Fundação AIS. “Os relatos que nos chegam de padres e de irmãs são dramáticos”, acrescenta Catarina Martins de Bettencourt. “Há famílias que passam fome se não for a Igreja a apoiá-las. A situação é insustentável. Deixo aqui um apelo muito forte a todos os nossos amigos em Portugal: façamos deste Natal um tempo de solidariedade para com os cristãos da Síria e do Líbano!”, acrescenta a directora da AIS.

FOME NO LÍBANO

De facto, tanto o Líbano como a Síria, dois dos países berço do Cristianismo, vivem tempos muito duros e desafiantes. A crise económica e a guerra conduziram-nos para a ruína. As famílias desesperam, não conseguem o pão para o dia-a-dia, não conseguem dar um futuro aos seus filhos.

O Líbano, um país que conheceu a abundância, que abriu as suas portas para acolher milhões de refugiados, nomeadamente da Síria, mas está a atravessar hoje uma das mais profundas crises de toda a sua história e isso tem vindo a contribuir para o acelerar do esvaziamento da população cristã que, face ao colapso económico e financeiro de empresas, famílias e do próprio Estado, só vê na emigração o único caminho possível.

“Pela primeira vez desde a Primeira Guerra Mundial, há relatos de fome”, explica Catarina Berttencourt, que no início de Maio esteve no Líbano a avaliar, com outros directores da Fundação AIS, as necessidades mais urgentes que se colocam à Igreja local. “Muitos dos principais hospitais não conseguem manter as suas portas abertas, pondo em perigo a vida de muitos pacientes, e os salários da maioria das famílias é já insuficiente para pôr comida na mesa para os seus filhos”, acrescenta a directora do secretariado português da AIS.

MISÉRIA NA SÍRIA

Tal como no Líbano, na Síria pelo menos 90% da população vive já abaixo do limiar de pobreza. A situação é muito grave, mas arrisca-se a passar despercebida aos olhos do mundo que tem as atenções todas viradas para a guerra na Ucrânia. Só que o mundo se esquece que a Síria também está em guerra.

É uma guerra que começou há 12 anos, que causou centenas de milhares de mortos e que se prolonga sobre os cidadãos também nos efeitos devastadores das sanções impostas pelos Estados Unidos e União Europeia ao regime de Bashar al-Assad.

Metade da população síria, que era de 23 milhões no início do conflito, fugiu das suas casas. Cerca de 5,5 milhões vivem como refugiados na região, enquanto 6,7 milhões estão deslocados internamente, sendo que cerca de um terço destes são crianças.

“Os sírios vivem uma situação também asfixiante, que se agravou por causa da pandemia do coronavírus. O custo de vida básico duplicou quatro ou cinco vezes”, explica a directora da Fundação AIS em Portugal. Em ambos os países, berço do Cristianismo, falta tudo às famílias cristãs, a começar pelo pão. Especialmente agora, nos meses mais frios do ano, a esmagadora maioria das famílias da Síria e do Líbano não tem dinheiro para comprar também o combustível para o aquecimento ou para a electricidade.

CAMPANHA DE AJUDA DE EMERGÊNCIA

Face a esta situação dramática, a Fundação AIS decidiu avançar com uma campanha de ajuda de emergência mobilizando os seus benfeitores e amigos em todo o mundo nesta quadra tão especial do Natal para gestos concretos de solidariedade para com as comunidades cristãs nestes dois países.

“A Igreja precisa de nós para socorrer os mais necessitados. A nossa ajuda é vital. É mesmo a última esperança para milhares de famílias cristãs. Não podemos ficar indiferentes a este drama que está a acontecer agora, nestes dias. Façamos do Natal um tempo de solidariedade para com os cristãos da Síria e do Líbano”, pede Catarina Martins de Bettencourt.

Sobreviver é cada vez mais difícil nesta região. Os tempos são muito duros, muito exigentes. O futuro da comunidade cristã nestes dois países está nas nossas mãos. Se nada fizermos, estes podem mesmo ser dias do fim…

Para que os portugueses possam compreender um pouco melhor o drama por que passam as famílias cristãs nestes dois países, a Fundação AIS produziu um Relatório que está a ser distribuído para casa dos benfeitores da instituição em Portugal. É uma pequena revista em que se contam histórias verídicas de homens e mulheres que já não conseguem sobreviver sem a ajuda da Igreja. Pessoas concretas que se viram obrigadas a pedir para ter alguma coisa para comer. Um Relatório que é também um pedido de socorro para a Igreja que nestes dois países não tem mãos a medir perante tanta miséria. A Igreja no Líbano e na Síria tenta socorrer os mais necessitados mas precisa de nós. Precisa de si.

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

Relatório da Liberdade Religiosa

Mais de 11 anos após o início da guerra na Síria, o país continua a ser fortemente afectado. Embora os combates tenham diminuído significativamente e o autoproclamado Estado Islâmico tenha sido expulso como força territorial, a Síria continua dividida a nível regional, o que afecta profundamente a liberdade religiosa.

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