PORTUGAL: Convivência franca entre religiões em destaque nos 20 anos da Lei da liberdade religiosa

PORTUGAL: Convivência franca entre religiões em destaque nos 20 anos da Lei da liberdade religiosa

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PORTUGAL: Convivência franca entre religiões em destaque nos 20 anos da Lei da liberdade religiosa

Quinta-feira · 24 Junho, 2021

Os vinte anos da Lei da Liberdade Religiosa em Portugal foram assinalados na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, numa sessão que reuniu na terça-feira, 22 de Junho, os mais altos responsáveis do país e em que foi citado o mais recente relatório da Fundação AIS.

O Presidente da República sublinhou a necessidade de Portugal ser uma sociedade cada vez mais tolerante, integradora e generosa, incentivando a “promoção da fraterna partilha entre crentes e não crentes”, num diálogo “sem monopólios da verdade”, e defendendo que se deve ir “mais longe no aprofundamento da ligação entre a liberdade religiosa e outras liberdades e condições económicas, sociais, culturais, jurídicas e políticas”.

Lembrando o seu próprio papel como deputado constituinte, Marcelo Rebelo de Sousa evocou a primeira Constituição após o 25 de Abril onde ficou recusada a ideia de uma religião do Estado mas abrindo as portas à liberdade individual de crentes e não crentes.

Numa mensagem enviada para a conferência, Ferro Rodrigues, a segunda figura da hierarquia do Estado Português, lembrou a importância absoluta da liberdade religiosa para a existência de uma democracia plena e citou o mais recente Relatório da Fundação AIS para lembrar que esta é uma realidade que não existe em quase um terço dos países do mundo (31,6%), onde vivem dois terços da população do globo. “Num total de 196 países, 62 enfrentam violações muito graves da liberdade religiosa”, afirmou o Presidente da Assembleia da República.

PORTUGAL: Convivência franca entre religiões em destaque nos 20 anos da Lei da liberdade religiosa
O Presidente da República sublinhou a necessidade de Portugal ser uma sociedade cada vez mais tolerante.

A liberdade religiosa em Portugal e a “harmonia” que existe entre as várias confissões foi destacada por sua vez na mensagem vídeo enviada para o encontro por D. Manuel Clemente, dando como exemplo o espaço de serviço público de rádio e televisão existente na RTP. O Cardeal-Patriarca de Lisboa referiu ainda a “expressão social” das várias religiões na resposta à pandemia do coronavírus, alertando, contudo, para os riscos de um “confessionalismo estrito” ou de um “laicismo estrito”, que poderá tirar “da esfera social e da esfera pública, aquilo que são as referências pessoais de cada um”.

Entre outros participantes, a sessão na Fundação Calouste Gulbenkian contou ainda com a participação do padre Peter Stilwell, do Patriarcado de Lisboa, em representação do Grupo de Trabalho para o Diálogo Inter-religioso, uma das entidades promotoras da iniciativa, a par da Comissão da Liberdade Religiosa e do Alto Comissariado para as Migrações.

Stilwell sublinhou a “laicidade positiva” do Estado português que tem compreendido “a importância das religiões”, tendo por sua vez Vera Jardim, presidente da Comissão da Liberdade Religiosa, lamentado que o Parlamento Europeu tivesse chumbado a criação, ao contrário do que aconteceu em Portugal, de um dia da liberdade religiosa, mas deixou um lamentou pelo facto de a comissão a que preside não ser consultada mais vezes.

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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O relatório da Fundação AIS analisa a situação da liberdade religiosa em 196 países. É um dos quatro relatórios sobre a situação da liberdade religiosa a nível mundial, sendo o único relatório não governamental na Europa que tem em conta a doutrina social católica.

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