PORTUGAL: AIS convoca jornada de oração por Mianmar para sábado, dia em que se assinalam 4 anos do golpe militar

A Fundação AIS apela aos portugueses para se unirem aos cristãos em todo o mundo numa oração pela paz em Minamar no próximo sábado, dia 1 de Fevereiro, data em que se assinalam quatro anos do golpe militar. A presidente internacional da fundação pontifícia lembra a situação trágica que se vive neste país asiático, com as populações a sofrerem com “bombardeamentos, fome, falta de electricidade e de outros bens básicos” e onde os padres e as religiosas enfrentam “situações perigosas”.

Vinte e quatro horas a rezar pela paz e reconciliação por Mianmar. Esta é a proposta da Fundação AIS para o próximo sábado, dia 1 de Fevereiro, data em que se assinalam os quatro anos do golpe militar neste país asiático.

Todos os 23 secretariados nacionais da fundação pontifícia, incluindo o de Portugal, vão estar activos nesta iniciativa, procurando-se assim sensibilizar também a opinião pública para a situação extremamente difícil que se está a viver em Mianmar. Regina Lynch, presidente executiva internacional da AIS, enviou uma mensagem de apelo para a participação nesta iniciativa.

Nós, na Fundação AIS, estamos profundamente emocionados com a situação em Mianmar. Por isso, este dia é uma oportunidade para todos, independentemente do seu local de origem, se unirem numa oração colectiva pela paz e a reconciliação. Durante este dia de oração, queremos recordar as vítimas e os mortos no conflito, pedindo conforto para as suas famílias e o eterno descanso para os que já partiram.

Na sua mensagem, Regina Lynch recorda que Mianmar vive de facto tempos muito duros e que isso se reflecte de forma dramática na vida das populações. “Os nossos irmãos e irmãs são vítimas de bombardeamentos, da fome, da falta de electricidade e de outros bens básicos. Os padres e as religiosas têm muitas vezes de viajar durante vários dias para chegar às paróquias mais distantes, enfrentando situações perigosas. Mas, apesar de tudo, continuam a realizar o seu trabalho.”

PROFUNDA CRISE HUMANITÁRIA

De facto, a situação é muito dura no plano humanitário. Segundo o site de notícias do Vaticano, em Mianmar está a ocorrer – apesar dos alertas constantes por exemplo do Papa Francisco – um conflito “longe dos holofotes internacionais”, mas que afecta “principalmente a população civil”.

De acordo com as últimas estimativas, acrescenta o Vatican News, há mais de 15 mil mortos, dezenas de milhares de feridos e mais de um milhão de pessoas deslocadas internamente, forçadas a viver em condições desastrosas, com sérias dificuldades para encontrar alimentos, água e medicamentos. Calcula-se ainda, de acordo com a Unicef, que mais de 5 milhões de crianças birmanesas precisam de assistência humanitária e 8 milhões de menores não têm acesso à educação. A economia do país está também em colapso com desemprego em cerca de 40 por cento.

VÁRIAS PROPOSTAS DE ORAÇÃO

É por tudo isto que a Fundação AIS apela à oração de todos por Mianmar. Um apelo que é também sublinhado pela responsável do secretariado nacional da Ajuda à Igreja que Sofre. Catarina Martins de Bettencourt lembra que neste país, a antiga Birmânia, vive ainda uma comunidade, os Bayingyis, que são descendentes dos portugueses e que também têm conhecido a violência e o terror.

“Sabendo que há neste país ainda famílias católicas que descendem dos portugueses, é seguramente mais um motivo para rezarmos todos neste sábado, dia 1 de Fevereiro, numa prece mundial por este país mergulhado em violência e sofrimento”, diz a directora nacional da AIS. “A nossa oração é também um sinal de solidariedade e de fraternidade para com todos os que vivem em Mianmar, para que saibam que, apesar de tudo, não estão sozinhos, não estão abandonados, e que o mundo acompanha a sua dor, as suas lágrimas”, acrescenta.

Esta jornada de oração promovida a nível global pela Fundação AIS é também uma resposta aos apelos constantes do Papa Francisco para que o mundo não ignore o sofrimento deste povo. Ao longo do próximo sábado, haverá sempre alguém da Fundação AIS em algum lugar no planeta a rezar por Mianmar. Através da página da AIS, será possível acompanhar as orações promovidas pelos 23 secretariados da instituição. Entre as 15 e as 16 horas, por exemplo, é possível acompanhar um tempo de Adoração com Catarina Martins de Bettencourt e que foi gravado com o apoio da Igreja de Queluz, do Patriarcado de Lisboa.

Mas na página da AIS haverá ainda, para quem o desejar, diversas propostas de oração, como explica ainda a directora do secretariado português da organização pontifícia. “São propostas de oração para os refugiados, pela segurança dos padres, das irmãs e catequistas que cumprem a sua missão neste país, pelos que, apesar do que se passa por lá, continuam a sentir o apelo da vida religiosa, para que não desistam disso, e ainda, uma proposta de oração pelos jovens… O importante mesmo – conclui Catarina Bettencourt – é que rezemos pelo povo sofrido de Mianmar, para que esta tragédia possa acabar rapidamente…”

Paulo Aido | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

Relatório da Liberdade Religiosa

Enquanto os direitos humanos, incluindo os direitos iguais das diversas comunidades étnicas e tradições religiosas de Mianmar, não forem respeitados, as perspectivas para a liberdade religiosa em Mianmar são terríveis. Espera-se que a perseguição continue e se intensifique, com mais atrocidades e crises humanitárias a chegar.

MIANMAR

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