POLÓNIA: Voluntários da Fundação AIS apoiam os refugiados ucranianos que fogem da guerra no seu país

POLÓNIA: Voluntários da Fundação AIS apoiam os refugiados ucranianos que fogem da guerra no seu país

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POLÓNIA: Voluntários da Fundação AIS apoiam os refugiados ucranianos que fogem da guerra no seu país

Quarta-feira · 23 Março, 2022

“Estão em boas mãos.” Julka, Damián, ou o Padre Andrzej Pas, são apenas alguns dos muitos voluntários da Fundação AIS que, na Polónia, estão a apoiar o acolhimento aos refugiados ucranianos.

“Damos as boas-vindas a todos”, diz Julka, uma das mais antigas voluntárias da Fundação AIS na Polónia. A guerra na Ucrânia começou na madrugada de 24 de Fevereiro e depressa se percebeu que, a par da destruição causada pelos bombardeamentos, estava-se perante uma enorme crise humanitária.

Só à Polónia já chegaram mais de 1,5 milhões de ucranianos. São todos refugiados e todos estão, de alguma forma, traumatizados. Julka não esperava tantos num tão curto espaço de tempo, mas surpreendeu-se também com o número extraordinário de pessoas que se voluntariaram junto da Fundação AIS para darem apoio nesta situação dramática que se está a viver. “São muitos e, por vezes trabalham 24 horas por dia”, reconhece.

POLÓNIA: Voluntários da Fundação AIS apoiam os refugiados ucranianos que fogem da guerra no seu país
Julka, Damián, ou o Padre Andrzej Pas, são apenas alguns dos muitos voluntários da Fundação AIS.

Um desses voluntários é Damián, um jovem seminarista. Todos os dias ele viaja de Bagno, onde vive, no seminário de Salvatorian, até à cidade de Wroclaw. São cerca de 40 quilómetros. “Só temos aulas até ao meio-dia, por isso estamos aqui a oferecer ajuda. Metade dos seminaristas têm ajudado nos últimos dias”, diz à Fundação AIS.

A coordenar todo o trabalho dos voluntários está o Padre Andrzej Pas. Não é fácil. Primeiro, quem deseja voluntariar-se tem de se inscrever no Facebook. É por lá, numa página criada de propósito, que se vão actualizando as informações. E todos os dias há novidades, há coisas novas a ter em atenção. Num dia podem faltar sacos-camas, ou cobertores, mas no dia seguinte, a urgência pode ir para material médico ou artigos sanitários…

Os escritórios da Fundação AIS funcionam, de certa forma, como armazéns. É preciso não só guardar as coisas como catalogá-las. “Pedimos às pessoas que nos tragam coisas novas e não as já usadas. E no caso da comida, pedimos coisas com um prazo de validade grande”, explica o Padre Andrzej.

A cidade de Wroclaw tem sido uma porta de entrada para milhares de ucranianos. A Fundação AIS tem um escritório aberto nesta cidade desde há dois anos. Foi providencial. “Foi um acto da providência de Deus que tivéssemos o nosso escritório mesmo ao lado da estação ferroviária de Wroc?aw. Quando os refugiados chegam, aterrorizados e exaustos, nós já lá estamos para ajudar”, explica o Padre Andrzej Pas, da Fundação AIS polaca.

“As pessoas que saem dos comboios são imediatamente informadas pelos voluntários onde podem ir receber ajuda”, explica o sacerdote. O escritório da AIS é agora um espaço privilegiado na cidade. É por ali que tudo tem vindo a acontecer. Chegam os refugiados, mas também a ajuda. A Fundação AIS passou a representar o acolhimento, o abraço, o conforto para quem deixou para trás tudo o que tinha, por vezes ainda familiares e amigos.

Para quem chega de mãos vazias e tem pela frente um mundo de incógnitas e de medo, o sorriso acolhedor dos voluntários da AIS não tem preço. E todos querem ajudar. “Os donos de restaurantes vêm até nós trazendo sopa e sanduíches, e muitas pessoas estão a oferecer a sua ajuda para cozinhar panelas de sopa, guisado e tachos de comida”, explica Julka, a voluntária da AIS.

Mas não é só de sorrisos e comida quente que se faz o acolhimento dos que chegam oriundos da Ucrânia. Há um espaço próprio para mães e crianças, há um centro de assistência médica e um outro de apoio psicológico. À frente deste espaço está uma voluntária especial. Andzela, uma ucraniana que vive em Wroclaw desde há dois anos e que talvez nunca imaginasse estar a acolher tantos compatriotas num tão curto espaço de tempo. “As pessoas que chegam aqui estão traumatizadas. Não sabem o que o futuro lhes reserva e estão profundamente angustiadas. Explico-lhes que estão em boas mãos”, diz Andzela, que leva o seu empenho no apoio aos refugiados muito para além do tempo em que está nas instalações da Fundação AIS. O seu telefone está sempre ligado e ela atende quem estiver no outro lado da linha, seja a que horas for. Até porque a todo o momento chegam novos refugiados vindos do outro lado da fronteira e as histórias que trazem são cada vez mais dramáticas…

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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