As madres gerais das sete congregações femininas de direito diocesano existentes em Moçambique estiveram reunidas em Pemba, e no final do encontro manifestaram a sua “comunhão, proximidade e solidariedade” para com o bispo e toda a diocese, que enfrenta a violência terrorista desde 2017, e sublinharam a coragem das religiosas que “se mantêm em zonas de risco”. O encontro, o primeiro do género, foi apoiado pela Fundação AIS.
O primeiro encontro das madres gerais das sete congregações femininas de direito diocesano existentes em Moçambique decorreu na capital da Província de Cabo Delgado, entre os dias 1 e 11 de Setembro, teve o apoio da Fundação AIS e juntou responsáveis de comunidades religiosas existentes nas dioceses de Lichinga, Maputo, Quelimane, Xai-Xai, Nampula e Pemba. No final, as sete religiosas entregaram ao Bispo de Pemba, D. António Juliasse, “algumas capulanas”.
Ermelinda Singua, a superiora das Irmãs da Imaculada Conceição, que coordenou o encontro, explicou, em mensagem enviada para a Fundação AIS em Lisboa, que quiseram, com aquele gesto, exprimir “comunhão e proximidade para com D. António Juliasse e com toda a diocese, pelas várias situações difíceis que se estão a viver, como o terrorismo e as consequências dos ciclones”.
As responsáveis das congregações religiosas quiseram também deixar uma palavra de apreço às irmãs Filhas do Coração Imaculado de Maria, “que se mantêm em algumas zonas de risco”, onde continuam a ocorrer ataques por parte dos grupos armados que reivindicam pertencer ao Daesh, a organização jihadista Estado Islâmico.
“Profunda gratidão à Fundação AIS”
O encontro de formação, que incluiu um tempo para exercícios espirituais, que foram orientados pelo Bispo de Pemba, teve como propósito fazer com que estas congregações de Direito Diocesano façam caminho conjunto, de forma a que, explica a Irmã Ermelinda, “como representantes de grandes famílias religiosas, possamos encontrar portas que ligam a Igreja, os fundadores e as nossas irmãs, para, observando os carismas, espiritualidades e objectivos, caminhar com a igreja, porque a Igreja verdadeira são as pessoas”.
“Nós, as religiosas nascidas em Moçambique, somos o fruto dos quinhentos anos de Evangelização em Moçambique. Por isso, somos património valioso da Igreja”, sublinha a irmã Ermelinda na mensagem enviada para Lisboa em que fez questão de agradecer toda a ajuda dada pela fundação pontifícia e que permitiu a organização do encontro.
Gostaria de agradecer à Fundação AIS e todos os seus benfeitores que tornaram possível este Primeiro Encontrou Nacional das Madres Gerais do Direito Diocesano em Moçambique. Foi muito bom. Será útil ao nível pessoal, congregacional e pastoral. Terminámos o encontro muito animadas e encorajadas.”
Irmã Ermelinda Singua
“A nossa profunda gratidão à Fundação AIS por tornar possível este sonho. Só caminhando juntas, somos fortes e venceremos muitos desafios” concluiu, assegurando que todas as religiosas em Moçambique estão unidas “em oração pela paz no mundo”.
Paulo Aido | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt