LÍBANO: Igreja católica desaba em Derdghaya após ataque aéreo, causando pelo menos oito mortos

Um ataque aéreo sobre a localidade de Derdghaya, perto de Tiro, atingiu dois salões de uma igreja que abrigava refugiados. Mais tarde, o edifício de três andares que funcionava como residência do sacerdote e escritórios da paróquia foi também atingido noutro ataque, destruindo-o também. Os dois ataques provocaram pelo menos oito mortos.

Dois ataques aéreos sobre a localidade libanesa de Derdghaya, situada perto da cidade de Tiro, atingiram ontem uma igreja e o respectivo edifício paroquial, destruindo-os. Ambos os ataques ocorreram ontem e terão sido realizados por aviões de combate. No ataque à Igreja, foram atingidas salas onde se abrigavam refugiados, que seriam destruídas causando o desabamento do edifício. Num ataque subsequente, foi atingido o edifício de três andares que funcionava como residência do pároco e serviços da paróquia que faz parte da eparquia greco-católica de Tiro, destruindo-o também completamente. Os dois ataques causaram a morte a pelo menos oito pessoas.

A Fundação AIS, que acompanha com muita preocupação esta grave situação, até porque desenvolve diversos projectos precisamente nesta região, pede as orações dos seus benfeitores e amigos em todo o mundo por todos os que sofrem no Líbano. Sinal desta apreensão, a fundação pontifícia lançou há uma semana aqui em Portugal uma campanha de ajuda de emergência, “SOS Líbano”, que tem como obectivo principal dar apoio aos sacerdotes e religiosas que, no terreno, procuram prestar assistência às populações mais atingidas pela violência da guerra.

CAMPANHA “SOS LÍBANO”

Numa carta apelo que foi enviada para casa de milhares de portugueses, a directora do secretariado nacional da Fundação AIS explica a urgência de mais esta campanha, de mais este gesto de solidariedade para com a comunidade cristã do Líbano. “O país já atravessava uma profunda crise económica, com uma inflação galopante que conduziu as famílias para a miséria. Mas, agora, tudo está ainda pior”, diz Catarina Martins de Bettencourt.

Nesta hora de aflição em que o Líbano volta a ser um campo de batalha, é preciso ir em socorro dos que mais sofrem é preciso ajudar as famílias cristãs que estão assustadas e de mãos completamente vazias. A vossa ajuda é essencial, tal como as vossas orações. Muito obrigada, uma vez mais, por todos os gestos de carinho e solidariedade que os portugueses têm dado à Igreja que sofre no mundo.”

DUAS CENTENAS DE PROJECTOS

Actualmente, a Fundação AIS desenvolve cerca 200 projectos em todo o Líbano. Muitos deles, que já estavam direccionados para ajuda de emergência, são agora mais necessários do que nunca. Um pouco por todo o país a Igreja transformou-se nestes dias, como explica Marielle Boutros, coordenadora dos projectos da Fundação AIS para o Líbano, num lugar de refúgio. “As pessoas estão agora a viver em salões das igrejas, pelo que vão precisar de alimentos, produtos sanitários, colchões, cobertores e, se a situação se mantiver, vamos precisar de aquecimento para o Inverno, embora, claro, esperemos que isto não dure tanto tempo.”

Eram precisamente salões da Igreja em Derdghaya que foram atingidos ontem pela aviação e acabaram destruídos… Esta situação em concreto ajuda a compreender a importância também do apelo às orações de todos pelo fim da violência neste país.

Paulo Aido | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

Relatório da Liberdade Religiosa

O Líbano continua a ser um país de crises não resolvidas. A preocupação entre os líderes é que o declínio da população cristã está a ameaçar a posição do Líbano como uma sociedade relativamente livre e democrática na região. À medida que estas condições se deterioram, também as perspectivas de pleno gozo do direito fundamental à liberdade de pensamento, consciência e religião se deterioram.

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