EGIPTO: Igreja vai recordar o martírio, em 2015, de vinte cristãos assassinados na Líbia por jihadistas do Daesh

EGIPTO: Igreja vai recordar o martírio, em 2015, de vinte cristãos assassinados na Líbia por jihadistas do Daesh

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EGIPTO: Igreja vai recordar o martírio, em 2015, de vinte cristãos assassinados na Líbia por jihadistas do Daesh

Terça-feira · 1 Fevereiro, 2022

Durante 15 dias, que terão início hoje, 1 de Fevereiro, a comunidade de Samalut, na Diocese de Minya, vai assinalar o martírio, há sete anos, de vinte trabalhadores cristãos assassinados por jihadistas do Daesh, o grupo terrorista Estado Islâmico, numa praia da Líbia.

As homenagens aos mártires coptas irão prolongar-se até dia 15 de Fevereiro e ocorrerão maioritariamente no santuário erguido na cidade de al Awar, onde quase todos eles viviam.

Celebrações litúrgicas, encontros de oração, palestras e visitas ao museu que foi, entretanto, construído junto ao santuário, são algumas das iniciativas que a diocese de Samalut está a organizar nestes dias que pretendem ser também de “despertar espiritual”.

EGIPTO: Igreja vai recordar o martírio, em 2015, de vinte cristãos assassinados na Líbia por jihadistas do Daesh
A comunidade de Samalut, na Diocese de Minya, vai assinalar o martírio, há sete anos, de vinte trabalhadores cristãos.

Eram vinte egípcios e um ganês. Todos humildes operários que se encontravam na Líbia procurando ajudar as parcas economias domésticas. Estes vinte e um cristãos foram capturados por um comando jihadista e degolados posteriormente numa encenação quase hollywoodesca divulgada através das redes sociais pelos terroristas.

As imagens do martírio destes cristãos correram mundo e mostraram a barbaridade dos terroristas e, em simultâneo, a fidelidade destes homens até ao último momento das suas vidas. No vídeo pode ver-se que alguns destes simples operários estavam a rezar e a dizer “Jesus Cristo” no momento da bárbara execução.

O papa Francisco sublinhou isso mal o vídeo foi divulgado pelos terroristas do Daesh. “As suas únicas palavras foram ‘Jesus, ajude-me!’. Foram mortos simplesmente pelo facto de serem cristãos”, disse o Santo Padre, acrescentando que “o sangue dos nossos irmãos e irmãs cristãos é um testemunho que clama para ser ouvido”. “Não faz diferença se são católicos, ortodoxos, coptas ou protestantes. São cristãos!”

O vídeo da decapitação foi divulgado no dia 15 de Fevereiro desse ano de 2015, pelo que a data passou a ser, por decisão do Patriarca Copta Ortodoxo Tawadros II, de memória deste martírio.

Os restos mortais destes trabalhadores cristãos seriam encontrados apenas em Setembro de 2017, numa vala comum na costa da Líbia, perto da cidade de Sirte. Todos os corpos foram encontrados com as mãos amarradas nas costas, tal como estavam quando foram filmados pelos jihadistas no vídeo de execução.

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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