Cerca de 500 pessoas já assumiram o desafio lançado pela Fundação AIS em Portugal e estão a rezar todos os dias o Terço pela paz durante o mês de Maio. O objectivo é haver sempre alguém a rezar por esta intenção, a qualquer hora do dia ou da noite. Ontem, dia 8, no final da audiência das quartas-feiras no Vaticano, o Papa Francisco fez também um apelo para a oração do Santo Rosário neste mês de Maio e também com a mesma intenção, de haver paz no mundo.
Uma semana depois de o secretariado português da Fundação AIS ter lançado o desafio para a oração ininterrupta do Terço pela Paz durante este mês de Maio, cerca de meio milhar de pessoas já se inscreveram assegurando, dessa forma, que todos os dias vão estar a rezar pela intenção da Ajuda à Igreja que Sofre.
A estas centenas de fiéis é necessário acrescentar ainda diversas congregações religiosas e grupos, nomeadamente de catequese e paroquiais, que também manifestaram a adesão à iniciativa da AIS, embora não tenham efectuado qualquer inscrição, o que fará ainda aumentar consideravelmente este número. Até de Espanha já houve respostas positivas.
O objectivo desta iniciativa da fundação pontifícia, que se repete já desde há vários anos sempre no mês de Maio, é o de congregar o maior número possível de pessoas a rezar pela paz, pelo fim de todas as guerras, como acontece, por exemplo, na Ucrânia e em Gaza, na Terra Santa, mas também pelo fim da violência e do terrorismo que são chagas na vida das populações em países como o Haiti ou Moçambique, que enfrenta uma insurgência jihadista na província de Cabo Delgado.
Ontem, no final da audiência das quartas-feiras, o Papa Francisco lançou um repto semelhante, convidando os fiéis em todo o mundo para rezarem também o Santo Rosário no mês de Maio, e chegou a dirigir-se directamente aos peregrinos de língua portuguesa presentes no Vaticano. “Animo-vos a procurar sempre o olhar de Nossa Senhora que conforta todos aqueles que estão na provação e mantém aberto o horizonte da esperança”, disse. Logo de seguida, o Santo Padre pediu aos cristãos de todo o mundo para, rezando, implorarem a intercessão da Mãe de Deus para o fim de alguns dos conflitos que atormentam a humanidade.
Convido todos a invocar a intercessão de Maria, para que o Senhor conceda a paz ao mundo inteiro, especialmente à querida e martirizada Ucrânia, à Palestina e a Israel, e a Myanmar.”
Papa Francisco
Antes de dar a bênção habitual aos presentes nas audiências das quartas-feiras, Francisco repetiu o desafio para a oração do Rosário em Maio. “Confio em particular à nossa Mãe os jovens, os enfermos, os jovens, os recém-casados que hoje estão aqui presentes. Exorto todos a valorizar, neste mês de Maio, a oração do Santo Rosário. A todos a minha bênção.”
“REZAR PELA PAZ ESTÁ NAS NOSSAS MÃOS”
Estas palavras do Santo Padre reforçam a importância do apelo lançado no início deste mês pela Fundação AIS para que os portugueses rezem a Nossa Senhora pela paz no mundo. Como já referiu Catarina Martins de Bettencourt, a directora do secretariado nacional da fundação pontifícia, “não podemos nunca resignar-nos perante a guerra, a violência e o terrorismo”, pelo que “rezar o Terço pela paz é cada vez mais urgente, é cada vez mais necessário”.
De facto, como também tem sublinhado frequentemente o Papa Francisco, o mundo parece estar a caminhar perigosamente para uma situação desastrosa com o avolumar de conflitos em várias regiões, em diversas latitudes, arrastando multidões para situações de profundo sofrimento e miséria. “Guerra é sempre sinónimo de morte, de destruição e dor”, alertou Catarina Bettencourt. “E é preciso não esquecer igualmente que há milhões de pessoas vítimas de ataques terroristas, vítimas da violência de grupos armados que estão particularmente activos no continente africano, como é o caso, por exemplo, em Cabo Delgado, no norte de Moçambique”, referiu ainda a directora do secretariado português da fundação pontifícia.
Ao longo dos últimos anos, a Fundação AIS tem lançado aos portugueses este desafio da oração ininterrupta do Terço no mês de Maio, sempre com uma enorme adesão não só por parte dos benfeitores da instituição mas também de grupos escolares, paróquias, movimentos e congregações religiosas.
“Rezar pela paz, como pediu Nossa Senhora aos três pastorinhos em Fátima, é algo que todos podemos e devemos fazer”, sublinha Catarina Martins de Bettencourt, concluindo que “rezar pela paz é algo que está nas nossas mãos”. Neste mês de Maio, mês de Maria, todos estão convocados para, rezando, serem artesãos da paz…
Paulo Aido | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt