NOTÍCIAS
SÍRIA: Sanções económicas estão tornar as pessoas mais “pobres e miseráveis”, denuncia Arcebispo de Aleppo
É mais uma voz a denunciar o sofrimento que as sanções económicas impostas ao regime de Damasco estão a provocar no povo sírio. O Arcebispo Greco-Católico de Aleppo, Jean-Clément Jeanbart, fala num efeito devastador das medidas decretadas tanto pelos Estados Unidos como pela União Europeia. “As pessoas não têm mais comida, combustível, gás para aquecer suas casas e electricidade”, disse o Arcebispo, acrescentando que, por causa das sanções, as populações estão mais “pobres e miseráveis”.
Palavras semelhantes às da Irmã Maria Lúcia Ferreira, a viver em Qara, no Mosteiro de São Tiago Mutilado. Esta religiosa portuguesa, conhecida como Irmã Myri, afirmou à Fundação AIS no final de Janeiro que “a situação” estava “cada vez pior”. A degradação da vida económica na Síria levou a irmã, que pertence à Congregação das Monjas da Unidade de Antioquia, a dizer, na mensagem enviada para Lisboa, que “há já [mesmo] quem passe fome…”.
Esta religiosa portuguesa tem sido uma observadora privilegiada da vida neste país em guerra desde há uma década. Diz a irmã Myri que “tudo está cada vez mais caro”, e que “é muito difícil viver”. No relato enviado para a Fundação AIS, a irmã explica, tal como o Arcebispo Greco-Católico de Aleppo, que são muito frequentes e prolongadas as quebras no fornecimento de electricidade, mas também é cada vez mais difícil encontrar combustível para os automóveis “assim como o ‘mazut’ [óleo] para o aquecimento das casas”.
PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt