SÍRIA: “A oração é a única saída”, diz religiosa portuguesa após encontro de fiéis junto de imagem de Nª Srª de Fátima

Na primeira sexta-feira de Novembro, a comunidade cristã reuniu-se em oração junto de uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, no Santuário de Santo Elias, na vila de Rableh, próxima de Homs. A Irmã Maria Lúcia Ferreira, a única religiosa portuguesa a viver na Síria, relatou o encontro para a Fundação AIS e destacou o facto de no Santuário estar também um ícone de Nossa Senhora das Dores, Consoladora dos Sírios, oferecido pela fundação pontifícia. Num momento em que muitos pensam em emigrar, “o povo precisa de muito encorajamento”, diz a irmã, e “a oração é a única saída…”

A vila de Rableh, situada perto da cidade de Homs, é um ponto central de devoção para a comunidade cristã da Síria, pois é lá que se encontra um santuário dedicado a Santo Elias. Sinal dessa importância, na passada sexta-feira, dia 7 de Novembro, decorreu por lá um encontro das irmandades femininas da diocese greco-católica de Homs, Hama e Yabrud. A Irmã Maria Lúcia Ferreira, mais conhecida simplesmente por Irmã Myri, a única religiosa portuguesa presente na Síria, não deixou passar em claro este evento até porque a comunidade esteve em oração junto de uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, cuja devoção é também muito forte neste país.

Foi um encontro das irmandades femininas da diocese, um encontro especialmente convocado para incentivar as mães de família à oração e à educação dos filhos, e também a sustentar as famílias pela oração, por causa das dificuldades que os cristãos vivem neste momento aqui na Síria. O povo precisa de muito encorajamento e a oração é a única saída porque na cabeça de toda a gente está a vontade de partir daqui para fora.”

Nossa Senhora de Fátima

O encontro no Santuário de Santo Elias contou com a presença do Arcebispo, D. Jean Abdo Arbach, e também do patriarca greco-melquita D. Youssef I Absi. Segundo a irmã, o momento de oração junto da imagem de Nossa Senhora de Fátima foi “encorajado” pelo próprio Arcebispo.

De facto, D. Jean Abdo, relata a religiosa portuguesa, “viu essa necessidade e foi também encorajado, penso, pelo que viu no mês passado em Roma, provavelmente no dia 7 de Outubro, dia de Nossa Senhora do Rosário, à volta de Nossa Senhora de Fátima”. “Por isso – acrescenta – Nossa Senhora de Fátima teve um lugar muito especial neste dia” e no santuário que, lembra ainda a Irmã Myri, está fortemente ligado à Fundação AIS.

“Este santuário foi reconstruido com a ajuda da AIS que também ofereceu o ícone de Nossa Senhora das Dores, Consoladora dos Sírios, que está também neste lugar”.

Na sexta-feira, dia 7, no final do encontro, “foi distribuído a todos um ícone a cada uma das irmandades presentes para incentivar a oração, para as incentivar a pedir a intercessão de Nossa Senhora por estes momentos difíceis para a povo” da Síria, disse a religiosa na mensagem enviada para Lisboa.

Santuário muito venerado

O ícone oferecido pela Fundação AIS, recorde-se, foi benzido pelo Papa Francisco a 15 de Setembro de 2019 e depois foi levado em peregrinação, durante três anos, por todas as 34 dioceses católicas e ortodoxas da Síria, antes de ser acolhido no Santuário de Santo Elias, em Rableh, numa cerimónia que juntou centenas de pessoas e que contou com a presença do então presidente executivo da Fundação AIS Internacional, Thomas Heine-Geldern.

A Irmã Maria Lúcia Ferreira, que vive no mosteiro de São Tiago Mutilado, na vila de Qara, perto da fronteira com o Líbano, referiu que o santuário é um lugar muito “conhecido e amado pelo povo, porque é um lugar onde houve milagres pela intercessão de Santo Elias, do profeta Elias”. “É um santuário muito venerado”, diz ainda.

Além do ícone de Nossa Senhora das Dores, Consoladora dos Sírios, que a Fundação AIS ofereceu e que é um elemento de atração dos crentes, no Santuário de Santo Elias, na vila de Rableh, há ainda um memorial em honra de todos os mártires da guerra na Síria. Um memorial que, diz a concluir a Irmã Myri, “é de intercessão e também de esperança, porque são mártires da Igreja, são testemunhos de fé”.

Paulo Aido | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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