PROJECTOS
REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA: Ajuda para a construção de um grande novo mosteiro e centro missionário para os Carmelitas Descalços
A Ordem dos Carmelitas Descalços da República Centro-Africana é abençoada com muitas novas vocações. A sua missão foi fundada em 1971 por quatro frades carmelitas italianos e hoje conta com 15 frades professos da África Central, além de 32 jovens do próprio país em várias etapas de formação. Além disso, há agora sete padres carmelitas italianos a trabalhar permanentemente no país.
A maior parte do povo do país vive em profunda pobreza naquele que é efectivamente um estado falido, atormentado pela violência e conflitos recorrentes. É sobretudo a Igreja que realmente cuida e apoia o povo nas suas múltiplas necessidades. Ao todo, os Carmelitas têm aqui cinco capelas, não só prestando cuidados pastorais mesmo nas aldeias remotas e isoladas, mas também oferecendo escolarização e educação às crianças e jovens, promovendo o desenvolvimento e trabalhando incansavelmente pela paz e reconciliação, em muitos casos à custa da sua própria segurança pessoal.
O mosteiro de Nossa Senhora do Carmo, nos arredores da capital Bangui, é a mais recente dessas missões e foi fundado em 2006 na periferia da cidade, originalmente como base de apoio e abastecimento para os carmelitas na capital e fora dela, e para oferecer alojamento aos missionários e outros de passagem. Durante a guerra civil, que durou de 2013 a 2014, os extensos terrenos do mosteiro até se tornaram um campo de refugiados, oferecendo abrigo temporário para 10 mil pessoas às vezes. Durante esse período, muitos bebés nasceram, os primeiros mesmo na capela do mosteiro. Muitos mais viriam, no entanto, e rapidamente o refeitório onde os frades normalmente tomavam as suas refeições tornou-se um centro de maternidade, enquanto a casa capitular se tornou um lar para as mães que amamentam.
Felizmente, esses tempos já passaram, pelo menos por enquanto, e a maioria dos refugiados voltou para suas casas. No entanto, a casa original tornou-se muito pequena, pois os Carmelitas experimentaram um “florescimento rápido e inesperado”, como diz o Pe. Federico Trinchero, delegado provincial. Não apenas as muitas novas vocações se tornaram um desafio, mas ao mesmo tempo o próprio mosteiro tornou-se um importante centro espiritual para as pessoas da região e, de facto, vários novos subúrbios surgiram ao seu redor, um dos quais é conhecido como o bairro “Carmelo”. Cada vez mais pessoas assistem à Missa dominical no Carmelo, uma média de 500, embora nas grandes festas o número possa chegar às 1000. E isso apesar do mosteiro não fazer parte do sistema paroquial.
Há um interesse crescente pela espiritualidade carmelita entre os fiéis católicos e já surgiram vários movimentos e grupos inspirados por esse espírito, entre eles dois grupos infantis, o “Groupe Petite Thérèse” inspirado em Santa Teresa e os “Compagnons de l’Enfant Jésus”, além de um grupo de jovens do carmelo e uma comunidade carmelita leiga, uma fraternidade do escapulário e vários outros grupos. Além disso, os padres oferecem retiros para sacerdotes, religiosos e seminaristas da Arquidiocese de Bangui e ajudam na formação sacerdotal da arquidiocese. E continua a crescer a procura de aconselhamento espiritual, confissões e alojamento para retiros, e outros grupos e movimentos dentro da arquidiocese.
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