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PORTUGAL: Próximo relatório da AIS sobre a liberdade religiosa revela “hostilidade” crescente contra crentes na Europa
A liberdade religiosa no mundo “tem vindo a piorar” e há sinais de uma crescente “hostilidade e ressentimento” em relação aos crentes na Europa. A afirmação é de Thomas Heine-Geldern, presidente executivo internacional da Fundação AIS, num breve comentário sobre o Relatório que a instituição vai publicar no próximo mês de Abril.
Numa entrevista de balanço do ano que agora findou e de antevisão de 2021, Heine-Gelder referiu que a situação “tem vindo a piorar em todo o mundo”, situação que se agravou por causa das consequências da pandemia do coronavírus. “Durante este tempo, muitos Cristãos, já oprimidos, sofreram uma verdadeira via Crucis de pobreza, exclusão e discriminação.” Além disso, “houve muitos ataques” contra esta comunidade religiosa, a mais perseguida em todo o mundo.
É o caso de África, que voltou a ser um “continente de mártires”, do Médio Oriente cuja situação é, “em geral, extremamente grave” e onde continua a persistir a ameaça jihadista apesar de haver “alguns pequenos sinais de esperança”, e é também assim na Ásia onde “movimentos nacionalistas e regimes autoritários estão a dificultar a vida a muitos cristãos”. Mas nem sempre a discriminação ou perseguição é claramente perceptível. Thomas Heine-Geldern referiu-se ao Velho Continente onde tem crescido a hostilidade contra os crentes apesar da pouca atenção que estes casos têm merecido por parte dos meios de comunicação social.
“Em muitos países do mundo, embora não haja perseguição pública visível há cada vez mais ressentimento e hostilidade em relação aos crentes. Isto está a tornar-se cada vez mais evidente na Europa”, diz o presidente executivo internacional da Fundação AIS. “Os Cristãos de hoje são confrontados em duas frentes com um ataque radical e profundamente enraizado”, havendo a tentativa de “destruir as raízes cristãs da sociedade e construir uma sociedade exclusivamente individualista sem Deus.”
O próximo Relatório sobre a Liberdade Religiosa produzido pela Fundação AIS, e que vai abordar o período entre o final de 2018 e a actualidade, destaca ainda a violência da responsabilidade de grupos terroristas cada vez mais visível no mundo islâmico. Heine-Geldern fala na “tentativa de radicalizar os indivíduos e impor à força uma visão fundamentalista do mundo Islâmico” em várias regiões do globo, “semeando o terror e a violência e falsificando a religião e o nome de Deus”.
Normalmente, este Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo que a Fundação AIS publica de dois em dois anos, é divulgado durante o mês de Novembro. Porém, no ano passado, por causa da pandemia do coronavírus, foi decidido adiar a sua publicação para o próximo mês de Abril.
PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt