Mais de seis centenas de edifícios estiveram iluminados de vermelho um pouco por todo o mundo, entre os dias 16 e 23 de Novembro, numa iniciativa global da Fundação AIS. Em vários continentes e em pelo menos 17 países, houve igrejas ou monumentos que se associaram à Ajuda à Igreja que Sofre e que, por estarem iluminados, procuraram lembrar, dessa forma, a cor do sangue dos mártires e a perseguição aos cristãos nos tempos actuais.
A Alemanha, onde está a sede internacional da AIS, foi o país onde se registou uma maior adesão a esta iniciativa, com 170 igrejas e catedrais iluminadas, a que se seguiu a Áustria, com 145, e Países Baixos, com 141. No caso da Áustria, para além das igrejas, o edifício do Parlamento também esteve iluminado.
Mas esta foi uma iniciativa global. Em Portugal, por exemplo, além do monumento ao Cristo Rei, em Almada, Diocese de Setúbal, houve várias paróquias que se associaram à Fundação AIS. Foi o caso da Ramada e do Campo Grande, ambas no Patriarcado de Lisboa, as de Aveiro e Santarém, mas ainda a de São Lázaro, em Braga, cuja arquidiocese voltou a estar muito activa, iluminando de vermelho a Basílica dos Congregados e o Santuário de São Bento da Porta Aberta.
Durante esta Semana Vermelha, também conhecida como #RedWeek, houve diversas iniciativas promovidas pelos secretariados nacionais da Fundação AIS. Conferências, vigílias, momentos de oração e o lançamento do mais recente relatório sobre perseguição aos cristãos no mundo, foram comuns a quase todos os países que participaram nesta acção.
O relatório, que em Portugal foi divulgado oficialmente na Paróquia do Campo Grande, no Patriarcado de Lisboa, fornece testemunhos, relata incidentes, e faz uma análise sobre a evolução da perseguição aos cristãos no mundo em 24 países.
Esta iniciativa global da Fundação AIS não passou despercebido ao Papa Francisco. No dia 23 de Novembro, o Santo Padre saudou, durante a audiência geral no Vaticano, um grupo de peregrinos polacos que se encontravam em Roma, pelo facto de o Santuário de Nossa Senhora de Czestochowa, na Polónia, se ter também iluminado de vermelho.
“Estou-vos grato por se unirem nestes dias aos Cristãos perseguidos em todo o mundo, participando na iniciativa da Semana Vermelha e rezando por eles, de uma forma especial no Santuário de Jasna Góra”, disse o Papa. “Que a Mãe de Deus lhes conceda a plena liberdade e a consolação no seu sofrimento. Abençoo-vos com todo o meu coração”, acrescentou.
De acordo com números provisórios disponibilizados pelos diversos escritórios nacionais da Fundação AIS, calcula-se que cerca de 10 mil pessoas participaram nos eventos organizados pela instituição em todo o mundo.