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Folha de Oração Mensal
A oração é um dos pilares fundamentais da nossa missão. Sem a força que nos vem de Deus, não seríamos capazes de ajudar os Cristãos perseguidos e que sofrem por causa da sua fé. Para os ajudar, criámos uma grande corrente de oração e distribuímos gratuitamente a Folha de Oração Sementes de Esperança, precisamente porque queremos que este movimento de oração seja cada vez maior. Por favor, ajude-nos a divulgá-la na sua paróquia, grupo de oração, família, amigos e vizinhos.

MEDITAÇÃO
Na Hora de Partir, a Semente Fica
“Sede firmes, inabaláveis, progredindo sempre na obra do Senhor, certos de que o vosso esforço não é inútil no Senhor.” 1 Coríntios 15,58
Há despedidas que se fazem com silêncio e outras com palavras. Esta é das que pede ambas: silêncio para escutar o que fica por dizer, e palavras para agradecer o que foi vivido.
Desde Outubro de 2005, mês após mês, procurei semear uma pequena meditação nas páginas da Sementes de Esperança. Nunca escrevi com pressa, nem com ambição. Apenas com o desejo profundo de partilhar uma luz, um sopro, uma palavra que ajudasse a manter o olhar fixo em Deus, sobretudo nos dias mais sombrios.
Com o tempo, estas meditações começaram a ser reunidas em volumes, cada um agrupando dois ou três anos de caminho. Assim nasceu uma colecção, agora completa com sete volumes, que recebe por título A força que vem de Deus. Escolhi este título como forma de dizer, com outras palavras, aquilo que é essencial na vida cristã: a graça de Deus que nos sustém e nos guia na caminhada. Cada volume tem o seu subtítulo, sinalizando o tempo vivido e a tónica espiritual desse trecho de percurso. Este último volume — que agora encerro com esta meditação — tem por subtítulo Firmes na Esperança, numa alusão consciente ao ano jubilar que celebramos e no qual termino também o meu serviço na AIS/ACN. É, para mim, um modo de confiar este fim a um começo maior. Porque na vida de Fé, toda a partida é também um envio.
Foram quase 20 anos de escrita, oração, silêncio e escuta. Se algo aprendi, foi isto: Deus é fiel. A Sua graça nunca falha. Mesmo quando tudo parece estéril ou vazio, Ele continua a agir, com ternura e poder, na vida de cada um. Escrevi sempre com todos no coração, unido a cada leitor numa discreta comunhão de Fé e Esperança. E mesmo sem conhecer quem me lê, sempre acreditei que cada meditação encontraria o seu caminho até ao coração de alguém. Porque é assim que Deus trabalha: nas entrelinhas, no íntimo, no escondido.
A Esperança que procurei partilhar não era minha — era dom de Deus. Veio d’Ele e para Ele regressa. O que permanece não são as palavras, mas os frutos que, pela graça, elas possam ter gerado: uma reconciliação, uma oração renovada, um olhar mais confiante.
A vida é feita de estações. Há tempo para semear e tempo para colher. Tempo para escrever e tempo para escutar. Tempo para partir, mas nunca para deixar de amar. E quando a hora da sementeira chega ao fim, o coração enche-se de gratidão por tudo o que foi possível plantar — mesmo sabendo que só Deus conhece o fruto. Talvez estas palavras continuem a ecoar, não por mérito meu, mas porque a Palavra de Deus não passa. E porque a Esperança — essa chama que nunca se extingue — continua a acender corações mesmo no silêncio. Sim, creio que as sementes lançadas ao longo destes anos continuam a germinar, à maneira de Deus, no tempo de Deus.
Não me despeço da Esperança. Ela não se despede. Ela permanece — e convida-nos a permanecer com ela: firmes, atentos, disponíveis. Firmes na Confiança, mesmo quando o caminho se obscurece. Firmes na Fé, mesmo quando tudo parece ruir. Firmes na Esperança, porque sabemos em quem colocámos a nossa Confiança. Ao concluir esta etapa, deixo-vos com um apelo: continuem a semear. Com gestos, com palavras, com presença. Onde há uma semente, há já a promessa de uma colheita. E onde há Fé, há sempre Esperança.
Se me fosse dada apenas uma última frase para deixar gravada nesta despedida, seria esta: Cristo basta. Tudo o que escrevi ao longo destes anos tem n’Ele a sua origem e n’Ele o seu fim. Cristo é a força que vem de Deus. A Ele confio tudo o que foi dito, tudo o que foi vivido, tudo o que permanece.
Agradeço de coração a todos os que me acompanharam ao longo destes anos: leitores silenciosos, amigos de oração, irmãos na Fé. Alguns fizeram-me chegar palavras de apreço, partilhando o bem que estas meditações lhes fizeram. Outros ofereceram-me livros seus como sinal de gratidão e comunhão. A todos, o meu sincero obrigado. Agradeço também à Sementes de Esperança, que foi casa e campo, e à AIS/ACN, onde pude servir a missão da Igreja com humildade e entrega. Tudo foi graça.
Não vos digo adeus. Digo-vos obrigado. E até onde a Esperança nos levar.
Na paz do Ressuscitado,
Pe. José Jacinto Ferreira de Farias, scj
Assistente Espiritual da Fundação AIS
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