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O mês da alegria pascal

Uma das mais belas e profundas expressões do Cristianismo é a celebração dos mistérios da fé ao ritmo das estações. O Cristianismo distingue-se das outras religiões pela sua origem no mistério pascal, morte e ressurreição do Senhor, que se deu no quadro da festa pascal judaica, memorial da libertação dos filhos de Israel do Egipto, conduzidos por Moisés. A Páscoa judaica era uma celebração primaveril e o mesmo a Páscoa cristã, desde o concílio de Niceia (325) fixada no Domingo a seguir à Lua cheia do equinócio da Primavera. Ao ritmo da semana, a Páscoa é celebrada em cada Domingo, pois foi na madrugada do primeiro dia da semana, antes do nascer do sol, que as santas mulheres foram ao túmulo e encontraram-no vazio: “porque procurais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui, ressuscitou!” (Lc 24,5-6).

Na vigília pascal, a Igreja permanecia toda a noite e só terminava ao romper da alva, em memória do momento em que as santas mulheres foram ao túmulo (cf. Lc 24,1) e ouviram dos anjos o querigma pascal: “Não está aqui! Ressuscitou”. Na primeira carta aos coríntios S. Paulo exclama: “Onde está, ó morte, a tua vitória?” (1 Cor 15,55).

Há uns anos atrás assisti a um debate entre três filósofos italianos sobre a “origem da filosofia”. Há uma resposta clássica a esta pergunta, formulada pelo filósofo alemão Leibniz (1646-1716) e retomada por M. Heidegger (1889-1976), também alemão, segundo a qual a origem da filosofia, ou o que leva o homem pensar, é a admiração perante a beleza e a harmonia do universo, porque é que há o ser e não o nada, que o termo grego Thauma significa. No entanto, este termo tanto significa admiração como medo, temor, perante o sofrimento e a morte. No fundo, a origem da filosofia e da ciência em geral, nas suas diversas modalidades e metodologias, é a tentativa do homem de superar o medo da morte e retardar ao máximo a sua eventualidade. E, de facto, grandes progressos têm sido feitos neste domínio: do homem da era do Paleolítico, de que há hoje tantos sinais em fósseis descobertos pela paleontologia, cuja média de vida não superava os 40 anos, passando pelo testemunho da Escritura segundo a qual a vida do homem vai até aos 70 anos e, se é forte, até aos 80 (cf. Sl 90,10), até à situação actual, quando se fala já numa quarta idade, em que ter 90 anos já não será considerado velho o homem que os tiver, tudo isto mostra que a ciência e os hábitos de higiene podem prolongar quase indefinidamente a nossa curva da existência. E, no entanto, a lei da entropia mostra que tudo o que nasce se encaminha para o fim, para a morte. A filosofia, quando muito, consegue alcançar um sentido para a morte, mas não consegue vencê-la. E, por isso, não basta retardar ao máximo a hora da morte; seria necessário vencê-la, redimi-la. Mas isso não está ao alcance nem da filosofia nem da ciência. Então, Emanuele Severino (1929-2020), um dos participantes, aliás, o principal, desse debate, voltando-se para os católicos presentes na assistência (ele mesmo de formação católica, mas que pelo seu percurso filosófico de certo modo dela se afastou), interpelou-os: “Mas vós, os católicos, tendes uma mensagem que só vós, que só a Igreja pode proclamar: um houve na história que morreu, mas que ressuscitou e enviou o Espírito Santo para que todos os que n’Ele acreditam participem nesta vitória, na vitória da vida sobre a morte”. O filósofo percebeu o alcance existencial do querigma pascal.

S. Paulo insiste neste tema: “se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé” (1 Cor 15,17), e somos os mais infelizes de todos os homens. Mas não: Cristo ressuscitou e entregou-nos o Seu Espírito para que possamos participar na Sua vitória. Os apóstolos e os primeiros discípulos não foram testemunhas da ressurreição, mas do Ressuscitado, comeram com Ele depois de ter ressuscitado dos mortos (cf. Act 10,41), expressão que significa, por um lado, o realismo das aparições do Senhor, e, por outro, uma referência à Eucaristia, à Santa Missa, na qual o Senhor ressuscitado é pão da vida e cálice da salvação. Mas o Espírito Santo, Senhor que dá a Vida, é dado ao cristão primeiro no Baptismo, depois na Confirmação, e em todos os sacramentos, dos quais, depois do Baptismo e da Eucaristia, é o sacramento pascal, no qual são perdoados os pecados, pelo ministério sacerdotal, que age in persona Christi (LG 10; PO 2). O sacerdócio – presbíteros e bispos – é na Igreja e para o mundo sinal sacramental da vitória pascal sobre o pecado e sobre a morte! Aqui se encontra a origem da teologia e do sentido transcendente da filosofia e da ciência que os Cristãos hão-de praticar, se estiverem conscientes do que significa o querigma pascal!

Neste ano jubilar não nos esqueçamos destas verdades fundamentais, em torno das quais gravita todo o sentido da nossa existência, porque é este mistério pascal que sustenta este pobre mundo, de que a Igreja é sinal e como sacramento (LG 1).

Pe. José Jacinto Ferreira de Farias, scj
Assistente Espiritual da Fundação AIS

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