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NIGÉRIA: Três jovens sequestrados em ataque por homens armados ao seminário católico na Diocese de Kafanchan
Três jovens seminaristas foram sequestrados na segunda-feira, dia 11 de Outubro, num ataque de homens armados ao Seminário Maior de Cristo Rei, em Fayat, Diocese de Kafanchan, estado de Kaduna, na Nigéria.
O ataque terá ocorrido pelas 19:20 horas, e segundo relatos publicados na imprensa local, houve alguns disparos de “armas sofisticadas”, depois de os assaltantes terem cercado o seminário numa altura em que os jovens estariam a rezar.
O ataque terminou com a intervenção das autoridades que terão impedido assim o rapto de outros seminaristas, havendo ainda a registar ferimentos em seis alunos, que foram encaminhados para o hospital Salem e que “se encontram estáveis”, segundo explicou o Padre Emmanuel Okolo, chanceler da Diocese de Kafanchan.
Na altura do ataque, estavam presentes no local 132 seminaristas, uma dezena de formadores, incluindo os reitores, e pelo menos dois funcionários. Mohammed Jalige, porta-voz do comando de polícia do estado de Kaduna, classificou o ataque como “uma desgraça” e afirmou que teve início já uma operação de busca dos jovens raptados durante o ataque.
O Padre Emmanuel pede as orações da comunidade cristã em todo o mundo não só pela “rápida libertação” dos seminaristas sequestrados mas também pela recuperação dos jovens hospitalizados.
O rapto de pessoas, nomeadamente de jovens estudantes, tem sido uma prática recorrente na Nigéria, não só devido à actuação de bandidos armados mas também de grupos terroristas, nomeadamente o Boko Haram.
Em Julho, por exemplo, ocorreu o sequestro de 121 jovens alunos de uma escola cristã também no estado de Kaduna. Desde então, alguns jovens já foram libertados, desconhecendo-se se houve ou não o pagamento de algum valor de resgate.
Esta é uma realidade “abominável” na expressão usada pelo presidente executivo internacional da Fundação AIS. Numa declaração à comunicação social, Thomas Heine-Geldern lança um “apelo à consciência dos raptores”, exortando-os “a libertar os jovens”.
“Pedimos às pessoas de boa vontade que se juntem a nós para rezar para que os três seminaristas sejam libertados ilesos”, disse ainda o responsável, acrescentando um apelo à comunidade internacional “para não descuraras atrocidades que ocorrem todos os dias e o sofrimento contínuo dos cristãos devido às acções do [grupo terrorista] Boko Haram, aos ataques dos Fulanis e aos actos de violência realizados por bandidos em todo o país”.
Face a esta situação de violência na Nigéria, o presidente executivo internacional da Fundação AIS lança também um apelo às autoridades para que promovam a segurança dos cidadãos, pois, caso contrário, se nada se fizer, este país africano “corre o risco de se transformar num Estado falhado…”
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